A idealização e coordenação da encenação foi de Joel Rufino
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi absolvido por sua participação na Inconfidência Mineira, em julgamento teatralizado, realizado hoje (21), no Rio de Janeiro. Batizado de Desenforcamento de Tiradentes, o ato atraiu um grande número de pessoas, lotando completamente o salão do tribunal do júri do antigo Palácio da Justiça. O papel do mártir coube ao ator Milton Gonçalves.
Durante cerca de 90 minutos, o público pôde acompanhar a acusação e a defesa de Tiradentes, interpretada por nomes consagrados do direito brasileiro, como o desembargador Claudio dell´Orto, que fez o papel de juiz, e o criminalista Técio Lins e Silva, que interpretou o advogado de defesa do alferes. A acusação coube a Jorge Vacite Filho. O texto foi de Ricardo Leite Lopes e a direção, de Silvia Monte.
A idealização e coordenação da encenação foi de Joel Rufino, que fez um paralelo aos dias atuais: “O objetivo é reatualizar os temas que levaram Tiradentes à morte, como a identidade nacional, o ensino para todos, a justiça para todos e a defesa das minorias. Isso continua atual. A história é assim, umas coisas mudam e outras permanecem”.
Ao final, os participantes e o público seguiram em cortejo festivo até a Praça Tiradentes, local onde o mártir foi enforcado, em 21 de abril de 1792, no centro do Rio.
