O número de desaparecidos se reduziu a 21

As autoridades de Minas Gerais elevaram nessa terça-feira (10) a seis o número de mortos na enchente de lama que na semana passada alagou sete distritos do estado após a ruptura de duas barragens de uma mina de ferro.

Até o momento apenas quatro das seis vítimas foram identificadas, entre elas uma menina de cinco anos cujo corpo foi achado a cerca de 70 quilômetros da casa em que vivia em Bento Rodrigues, um distrito da cidade de Mariana que praticamente foi riscado do mapa.

O governo do estado de Minas informou ainda que o número de desaparecidos se reduziu a 21, depois que um homem, de 54 anos, se apresentou hoje em um posto de controle de operações.

Dos 21 desaparecidos, 11 são funcionários da Samarco, controlada pela Vale e a anglo-australiana BHP, duas das três maiores mineradoras do mundo, e outros dez são moradores de Bento Rodrigues.

Neste distrito a avalanche de barro e resíduos minerais destruiu 158 de seus 180 imóveis e provocou danos nos 22 restantes, o que obrigou as famílias a se instalarem em albergues, hotéis e casas de amigos.

Os bombeiros extremaram hoje os cuidados nas operações de busca de vítimas da tragédia depois que foram registrados na madrugada desta terça-feira dois tremores de terra na região, de 2,1 graus de magnitude.

As autoridades de Minas Gerais ressaltaram que os movimentos tectônicos não afetaram as estruturas de outras barragens da região.

A Vale, acionista da Samarco, informou hoje que cedeu helicópteros e 30.000 litros de combustível aeronáutico, três carros e duas ambulâncias para ajudar nos trabalhos de resgate das vítimas.

A companhia, maior exportadora de ferro do mundo, também pôs à disposição das autoridades capital humano, como um técnico especialista em barragens e engenheiros geotécnicos.