Mulher coloca faixa de protesto após morte de cão em SC

Dona do cachorro diz que cachorro de estimação foi envenenado

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Dona do cachorro diz que cachorro de estimação foi envenenado

A bióloga Isabela Sampaio, de 29 anos, foi surpreendida ao chegar em casa e encontrar um de seus cachorros morto. O cão, apelidado carinhosamente de Golias, havia fugido na tarde de quarta-feira (14) e retornado aproximadamente uma hora depois. Logo em seguida, ele morreu. Como forma de protesto, a dona do cachorro fez uma faixa denunciando a suspeita de envenamento e registrou um boletim de ocorrência (B.O.) na Polícia Civil.

Isabela não teve tempo de levar o animal ao veterinário. Ela acredita que Golias tenha sido envenenado por algum vizinho, pois sua família recebe reclamações frequentes do barulho feito pelos três cahorros. Segundo a bióloga, há dois anos ela chegou a receber uma carta anônima com ameaças de morte contra os cachorros. O texto dizia que, se os latidos não parassem, os cães seriam mortos.

Foi quando a segurança da casa ganhou reforço, para que os animais não pudessem escapar pelos portões. Após a carta, Isabela diz que sofreu diversas reclamações seguidas de ameaças por parte de vizinhos, justamente, por causa do barulho dos latidos.

Mesmo com o reforço nos portões, Golias conseguiu escapar na quarta (13). Ele voltou cerca de uma hora depois e, em seguida, começou a passar mal, regurgitou comida e passou a espumar pela boca. “Ele só comia ração e, depois de fugir, vi que vomitou comida naquele dia. Foi então que desconfiei de envenenamento”, conta.

 

Denúncia

Como forma de protesto – e para denunciar a morte do animal -, Isabela fez uma faixa anunciando o que aconteceu e informando que “envenamento de animais é crime, conforme Lei Federal número 9.605 de 13 de fevereiro de 1998”.

O artigo 12 da lei sobre crimes ambientais dispõe sobre punições para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”.

Isabela registrou um boletim de ocorrência, mas não foi possível afirmar quem foi o autor do envenenamento. O G1 tentou contato com a Polícia Civil, mas até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.

 

Primeiros-socorros

Segundo o enfermeiro veterinário, Ricardo Domingues, de 24 anos, cerca de 10% dos atendimentos em uma semana de trabalho, são de animais envenenados. “A maioria dos animais apresentam sintomas bastante genéricos, como vômito e convulsão. Nenhuma medida caseira deve ser adotada. É primordial que o dono procure por uma clínica ou hospital veterinário o mais rápido possível”.

Domingues também afirmou que os animais que sofrem este tipo de maus-tratos são, na maioria, envenenados intencionalmente por terceiros. “As pessoas envenenam os animais por motivos fúteis como barulho, sujeira, ou apenas a presença do animal”.

Ainda segundo o veterinário, quando um caso como este acontece, é plausível que o dono procure uma delegacia e registre um boletim de ocorrência.