Militares da FAB em MS fazem transporte de paciente com suspeita de ebola

Esquadrão Pelicano levará homem de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro

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Esquadrão Pelicano levará homem de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro

Militares da FAB (Força Aérea Brasileira) em Mato Grosso do Sul foram acionados na manhã desta quarta-feira (11) pelo Ministério da Saúde para realizar a transferência de um paciente com suspeita de ebola de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro.

O avião SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano decolou da Base Aérea de Brasília – onde recebeu uma preparação especial para o transporte – por volta das 16h rumo à capital mineira. A previsão é que o paciente chegue ao Rio de Janeiro na noite de hoje.

A tripulação do esquadrão, especializado em missões de busca e salvamento, foi acionada às 10h (horário de Brasília) na Base Aérea Campo Grande, sede da unidade aérea. De lá, os militares seguiram para a capital federal e pousaram no início da tarde. Uma equipe de saúde do SAMU do Distrito Federal e os militares da FAB, capacitados para lidarem com o transporte de pessoas com doenças infecciosas, prepararam a aeronave que possui uma configuração especial para evacuação aeromédica.

Em casos de transporte de pacientes suspeitos de ebola, a aeronave militar é dividida internamente em três zonas: quente, morna e fria, por meio de cortinas específicas. Militares da FAB em MS fazem transporte de paciente com suspeita de ebola

A zona quente, ou crítica, é onde o paciente é transportado. Todos os profissionais que ficam nessa área devem usar os devidos equipamentos de proteção e o paciente é acomodado em uma maca de isolamento portátil. Um tripulante do Esquadrão Pelicano, da especialidade de enfermagem e formado no Curso de Capacitação de Defesa Biológica, Química, Radiológica e Nuclear (DBQRN), faz a coordenação entre a equipe médica e a tripulação por meio da fonia da aeronave, além de gerenciar questões de logística e segurança de voo no local. O curso de DBQRN é promovido pelo Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE), da FAB.

Já a zona morna serve para armazenar equipamentos e materiais para atender ao paciente. Além disso, serve de área de preparação para os profissionais que necessitem ter algum tipo de contato com quem está na zona quente.

A zona fria é considerada livre de contaminação e abriga os pilotos, mecânicos e demais especialistas que necessitem estar no voo, de acordo com a necessidade de cada caso

Caso

O paciente foi internado na terça- feira (10/11) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pampulha com suspeita de infecção de ebola. O homem, que é brasileiro e tem 46 anos, estava em Guiné, na África, e começou a sentir sintomas da doença dois dias depois de retornar ao Brasil. Imediatamente após a identificação da suspeita, o paciente foi isolado na unidade e teve início a adoção do protocolo nacional estabelecido para casos suspeitos de ebola. Ele será levado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro, referência nacional para casos de ebola, segundo o Ministério da Saúde.

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