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Brasil

Gigante americana comprou terras irregularmente no cerrado brasileiro, diz jornal

Documentos comprovam que milhões foram gastos para aquisição indevida
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Documentos comprovam que milhões foram gastos para aquisição indevida

Matéria publicada no The New York Times, dia 17 de novembro, por Simon Romero, fala de uma negociação ilegal entre o Brasil e a TIAA-CREF, gigante de investimentos americana, gestora responsável pela aposentadoria de milhões de diretores universitários, professores de escolas públicas e outros executivos, que orgulha-se em defender os valores socialmente responsáveis, com papel na elaboração de princípios com relação a compra de terras agrícolas que promovam transparência, sustentabilidade ambiental e respeito pelo direito à terra, nas Nações Unidas. 

A reportagem conta que alguns documentos comprovam que aquisições de terras da TIAA-CREF na fronteira agrícola brasileira podem ter sido feitas sem os princípios que a empresa prega com tanto afinco nos EUA. A gigante americana e seus parceiros brasileiros gastaram centenas de milhões de dólares em negócios de terras agrícolas no , uma enorme região que contorna a floresta amazônica com savanas arborizadas, que estão sendo demolidas para abrir caminho para a expansão agrícola, alimentando as preocupações ambientais. Apesar de uma lei do governo brasileiro, sancionada em 2010 proibindo efetivamente a compra de terras agrícolas em grande escala por parte de estrangeiros, o grupo financeiro americano e seus parceiros acumularam uma imensidão de terras agrícolas para exploração. 

O jornal americano diz que, embora a medida tenha frustrado as ambições de outros investidores estrangeiros, a TIAA-CREF conseguiu adquirir uma parte do Brasil repleta de conflitos de terra, expondo a empresa e os seus parceiros a alegações de que eles teriam comprado fazendas a partir de um especulador de terras sombrio, acusado de empregar homens armados para roubar terras de agricultores pobres, através do uso da força.

Os documentos relatam como um dos maiores grupos financeiros da América, utilizou da grilagem para conseguir certos territórios, lembrando que isto significa a prática antiga de envelhecer documentos forjados para conseguir a posse de determinada área de terra. Em 2010, por conta da grande quantidade de interessados estrangeiros em terras do Brasil, o procurador-geral limitou a realização das operações de grande escala. Mas alguns funcionários do governo e ativistas, alegam que arrancar os agricultores pobres, transferir o controle dos recursos à produção de alimentos vitais para a elite global e destruir tradições agrícolas em troca de plantações industriais, significa produção de alimentos para exportação.

“Eu tinha ouvido falar de fundos estrangeiros que tentaram contornar a legislação brasileira, mas algo nessa escala é surpreendente”, disse Gerson Teixeira, o presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária e conselheiro para os membros do Congresso, referindo-se aos documentos sobre TIAA -CREF , sobre as negociações de terras agrícolas no Brasil. 

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