Hoje, Paris silenciou para ouvir os sinos da alma.
Nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025, a Catedral de Notre-Dame voltou a ecoar com seu som mais solene: o profundo e imponente toque do bourdon Emmanuel, o maior sino da igreja e um dos mais emblemáticos do mundo.
O motivo não era um feriado, tampouco uma celebração nacional. Era luto. Era despedida.
Morreu nesta manhã, aos 88 anos, o Papa Francisco — o pontífice dos pobres, o primeiro papa sul-americano da história, um símbolo de humildade, coragem e misericórdia. Sua partida marca o fim de uma era que tocou milhões de corações pelo mundo com empatia e fé.
O sino Emmanuel, que raramente é acionado, só ressoa em momentos verdadeiramente marcantes: grandes solenidades religiosas, tragédias que abalam o mundo, ou quando a Igreja perde um de seus grandes pastores.
Hoje, ele soou por Francisco.
Na pulsação de Paris, entre pedras góticas e a brisa do Sena, o som cortou o ar com reverência — não apenas como tradição, mas como símbolo de um adeus global.