Esqueça a Mona Lisa. O Louvre ganha um desfile de moda!
A exposição Louvre Couture — Objets d’Arts, Objets de Mode, até 21 de julho, transforma os corredores e salas do museu parisiense em uma passarela de moda. Ao longo das alas Richelieu e Sully, 65 modelos de vestidos e trinta acessórios, desenhados por 45 maisons de costura, dos anos 1960 a 2025, postam-se com altivez entre obras-primas do Ocidente e Oriente. O pintor pós-impressionista Paul Cézanne deu a deixa: “O Louvre é o livro no qual aprendemos a ler”. A atual mostra pela primeira vez associa o vestuário moderno, setor de permanente efervescência e inovação, ao que artistas fizeram no passado, em evidente casamento de ideias. Ali aprende-se a ver. Grandes nomes da arte moderna beberam das telas penduradas naquelas míticas paredes. Picasso, antes de quebrar suas suas figuras no Cubismo, não saía do palácio inaugurado em 1793. As versões pop da Mona Lisa de Andy Warhol chegam quase a rivalizar com a tela original de Leonardo da Vinci.

Um vestido azul e branco da Dior, desenhado em 2006, divide a sala com um retrato de Luís XIV, o Rei Sol. Um modelo Balenciaga azulão, de baile, manufaturado em 2020, decora um salão com mobiliário do
do século XVII. No meio da estrada, como fantasmas reais, despontam ideias de Alexander McQueen, de 2010, e da Bottega Veneta, de 2024. Um terno Chanel, imaginado por Karl Lagerfeld em 2019, tem um bordado que imita o padrão celeste e branco de uma cômoda do século XVIII que pertenceu à condessa de Mailly.


Fotos: Reprodução/ Rede Social