O ator e diretor Kevin Costner, 70, está sendo processado por Devyn LaBella, dublê do filme Horizon 2, lançado em 2024. Segundo documentos obtidos pela revista Variety, LaBella alega ter sido forçada a gravar uma cena de estupro simulada de forma improvisada, sem consentimento e sem a presença de um coordenador de intimidade — profissional responsável por garantir a segurança e o respeito durante cenas de contato físico em produções audiovisuais.
A dublê substituía a atriz Ella Hunt na sequência, após a intérprete de Juliette recusar-se a filmá-la. O caso teria ocorrido em maio de 2023, no estado de Utah (EUA), e, de acordo com LaBella, a gravação foi feita com o set aberto, sem aviso prévio, ensaio ou qualquer tipo de preparação. Ela afirma ainda que Kevin Costner foi instruído a imobilizá-la e levantar sua saia com violência durante a cena.
A denúncia menciona a violação de protocolos estabelecidos pelo sindicato de atores de Hollywood, que exigem notificação mínima de 48 horas para gravações que envolvam nudez ou simulação de sexo, além do consentimento explícito dos envolvidos.
LaBella relatou ainda que, no dia anterior, havia gravado uma cena íntima seguindo todos os protocolos e com o set fechado. Segundo ela, após a filmagem não consentida, teve crises de choro, recebeu pedidos de desculpas de membros da equipe e buscou apoio terapêutico para lidar com o impacto psicológico do episódio.
O advogado de Kevin Costner, Marty Singer, negou veementemente as acusações e afirmou que o ator “leva a segurança no set muito a sério” e sempre busca criar um ambiente de trabalho respeitoso. “Esta alegação não tem absolutamente nenhum mérito”, disse Singer. Ele também acusou LaBella de ser uma “acusadora recorrente” na indústria e de trabalhar com o mesmo advogado em outros processos, classificando o caso como uma tentativa de extorsão.
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