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Arqueologia: tecnologia de ponta facilita pesquisas recentes

Por Eliane do Canto, jornalista e Bruna Elisa, mídia social
Admin -
Foto: Urandir Fernandes de Oliveira (à esquerda), e Dakila Pesquisa fazem uso de alta tecnologia em pesquisas inovadoras

No Brasil, permitiu a Dakila Pesquisas informar com precisão a cidade perdida na Amazônia

Enquanto acompanhamos as descobertas históricas ao redor do mundo, é importante destacar o trabalho do grupo Dakila Pesquisas, composto por pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Visando trazer informações através da  cultura,  arqueologia, ciência e a história do Brasil, o grupo busca revelar à população e ao mundo a importância e a riqueza que o país possui.

Ao longo de seus 30 anos de atuação, Dakila Pesquisas tem desenvolvido e trazido à tona locais com grandes tesouros arqueológicos desconhecidos que colocam o Brasil na linha de frente em relação à história humana, além de desenvolver projetos educativos, econômicos, sociais e culturais por meio de  parcerias com diversas aldeias indígenas, autoridades governamentais e organizações não governamentais, além de liderar grupos de pesquisadores, tanto no Brasil quanto no exterior. Sua trajetória inclui, ainda, a realização de inúmeras outras conquistas e iniciativas de grande relevância.

Recentemente, os pesquisadores estiveram presentes na Amazônia brasileira, onde fizeram descobertas intrigantes, como a identificação de cruzeiros entre duas montanhas, realizada por meio de um sobrevoo de helicóptero. Alguns dias atrás, estiveram também no estado de Santa Catarina, onde identificaram uma paisagem de pedras retilíneas, incomum na região. Com o auxílio da tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging) que permite vasculhar estruturas antigas sem impactar o ambiente e do GPR (Ground Penetrating Ridar) que localiza objetos sob o solo, puderam analisar com maior precisão o que se escondia naquela planície.

Com essas informações, perceber que não apenas no exterior, mas também aqui no Brasil, profissionais da arqueologia, ciência e história estão utilizando tecnologias de ponta para desvendar os mistérios do passado e o Projeto Scan Pyramids no também utilizou-se dessa tecnologia.

A missão científica  lançada em 25 de outubro de 2015, sob a autoridade do Ministério das Antiguidades do Egito conta com a participação de três grandes universidades: a Faculdade de Engenharia da do Cairo, a Université Laval de Quebec e a Universidade de Nagoya do Japão, além de pesquisadores egípcios, canadenses, franceses e japoneses.

O projeto chama-se Scan Pyramids Mission (Missão para Escanear as Pirâmides) e, como o nome indica, a proposta é usar drones equipados com scanners de tecnologia 3D, termografia infravermelha, termografia modulada, fotogrametria, laser e uma ferramenta que permite a detecção de múons. Esta última técnica é capaz de modelar áreas internas e já foi utilizada para observar o interior de vulcões e edifícios contemporâneos, como a usina de Fukushima, no Japão.

TÉCNICAS INOVADORAS

Termografia Infravermelha

Permite mapear variações de temperatura, ajudando a identificar cavidades ou estruturas internas. Imagens térmicas, analisadas por computador em diferentes momentos do dia, revelam segredos internos.

Radiografia de Múons

Usa partículas cósmicas para identificar áreas ocas ou densas dentro das pirâmides. Essa técnica já foi utilizada na observação de vulcões e na inspeção de reatores nucleares.

Fotogrametria e Laser

Drones capturam imagens para criar modelos 3D detalhados dos monumentos, com precisão de centímetros.

Desde o final de 2015, a missão Scan Pyramids tem observado o interior da maior das três pirâmides de Gizé. Após a descoberta de um corredor atrás de vigas, em outubro de 2016, a missão publicou, na famosa revista científica Nature, a presença de um grande vazio na Grande Pirâmide (Pirâmide de Khufu), batizado como “ScanPyramids Big Void” (Grande Vazio da ScanPyramids). Essa câmara, com 30 metros de comprimento, é comparável em tamanho à chamada “Grande Galeria”. Essa descoberta é de extrema importância para a história da humanidade, já que nenhuma estrutura arquitetônica relevante havia sido encontrada dentro da pirâmide de Khufu desde a Idade Média.

Em 2017, a missão Scan Pyramids já havia revelado a presença de uma enorme cavidade na pirâmide de Quéops, um buraco do tamanho de um avião comercial. Até o momento, apesar das múltiplas buscas, o mistério permanece. Estaria essa cavidade relacionada com o túnel secreto descoberto em 2023? (Um túnel de 9 metros foi encontrado sob a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, localizado atrás da entrada principal da pirâmide de Quéops, a maior da Necrópole de Gizé, um dos mais famosos complexos turísticos do Egito). Ainda não se sabe. O arqueólogo egípcio Zahi Hawass, que dirige o comitê científico que supervisiona o projeto, afirmou que é “bastante possível” que o túnel esteja “a proteger alguma coisa”. Seguro de si, o investigador chegou a afirmar à CBS News que essa “coisa” poderia ser “a verdadeira câmara funerária do Rei Quéops”.

O Scan Pyramids é um dos projetos selecionados pela Fundação Dassault Systèmes, que visa transformar o futuro da educação e da pesquisa, aproveitando os poderosos recursos de aprendizagem e descoberta da tecnologia 3D e dos universos virtuais para reunir equipes multidisciplinares em colaboração. Graças à poderosa experiência e configuração idealizada e desenvolvida pela Emissive, a imersão oferece uma melhor compreensão da realidade, neste caso, do interior da pirâmide, permitindo a colaboração e impulsionando os limites do conhecimento. A descoberta de espaços inacessíveis torna-se possível para todos os estudantes, pesquisadores, público e pessoas com deficiência. O Brasil está a um passo de superar toda esta maravilhosa estrutura no Egito com os achados dos pesquisadores brasileiros na Amazônia.

Esta matéria é de responsabilidade de seu autor e necessariamente não expressa a opinião deste Jornal.

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