O recém-lançado livro do jovem humorista, imitador, e já formulador de um pensamento político moderno, de uma nova geração, André Marinho, “O Brasil (não) é uma piada”, é o primeiro documento que se torna uma espécie de manifesto-grito de uma mocidade conservadora, socialmente responsável, ideologicamente formada na democracia e no liberalismo.

Uma narrativa de fácil leitura, que começa pela sua autoapresentação, com a sua experiência nos bastidores da campanha do presidente Bolsonaro em 2018, sua presença na televisão e sua disposição de abraçar a vida pública com idealismo, coragem, independência e modernidade.

André não consultou mais do que seu círculo mais íntimo de amigos e companheiros de ideais, mas certamente o conjunto de conceitos que defende – visão da sociedade, do Estado, da política, da história, da sociedade – se encontra nesta nova safra de jovens eleitos este ano de maneira consagradora, todos com menos de 30 anos. 

O livro deveria ser lido pelos deputados eleitos Nikolas Ferreira, o mais votado do Brasil com um milhão e 400 mil votos e outros campeões na casa dos 20 anos, como Ícaro de Valmir,  e André Fernandes; todos bem votados e com pouco mais de 20 anos. Vão se juntar aos menos jovens, mas em torno dos 50 anos, reeleitos como LP Orleans e Bragança, Marcel Van Hattem e o recém-eleito Ricardo Salles, com militância desde muito jovem. Todos formados na escola do liberalismo e da política como serviço cívico e não profissão.

André Marinho, sem mágoas ou ressentimentos, revela a maneira de ser do presidente, suas limitações, comportamento, sem alterar seu pensamento com base em leitura intensa de qualidade. Com experiência de estudante nos EUA, onde morou, lendo grandes clássicos da política contemporânea americana, prega modernidade com responsabilidade social, com ética, compromisso com a liberdade real, com base na tolerância e nos bons modos. O livro revela o jovem que não só cultua a elegância no ser e se apresentar, mas, sobretudo, no comportamento intelectual.

Fecha o livro o posfácio de Carlos Andreazza, já na meia-idade, mas com história de editor, jornalista, escritor e observador da vida brasileira, que revela a importância da obra, mais do que uma boa leitura. Se o Brasil tiver futuro, certamente será com esta geração de André e com esse programa reformador.


Artigo de Aristóteles Drummond