Sábia, guerreira, intuitiva e competente são apenas algumas das inúmeras qualidades da mulher que é fundamental e indispensável para o sucesso da sociedade em todas as cidades, estados e países. Seu triunfo no lar já foi devidamente comprovado e reconhecido há tempos, onde é a maior responsável pela estabilidade e harmonia da família. Entretanto, fora do lar, esse reconhecimento está muito longe do ideal. No Brasil, por exemplo, onde ela é maioria em relação ao número de habitantes, é minoria absoluta em outras questões como na política e na economia.

Apesar das grandes mudanças que ocorreram nas últimas décadas em especial, quando elas obtiveram conquistas históricas como direito ao voto até a disputa a cargos públicos na política, que permitiram a elas mais espaço na sociedade em outras áreas como sociais, esportivas, artísticas, culturais… vemos que ainda estão muito longe de ocuparem seus verdadeiros e merecidos lugares na sociedade.

Para reverter isso, é preciso que a mulher confie mais em si própria. Na política, por exemplo, apesar de ser maioria dos eleitores brasileiros, a mulher ainda não vota em mulher. É verdade também que poucas se lançam a esse desafio. É preciso que um número maior se manifeste e lute, deixando aflorar dons de liderança e de luta em benefício da coletividade.

A mulher tem grande capacidade de trabalho em qualquer área. É organizada e possui percepção maior das reais necessidades de uma comunidade. O fato de ser mãe, dona de casa e profissional (fora de casa) ao mesmo tempo, atividades essas orquestradas naturalmente, sem grandes esforços, lhe permite uma visão ampla e privilegiada das reais necessidades do coletivo.

Infelizmente são poucas ainda as que são candidatas a ocuparem cargos políticos. Teriam ainda a seu favor, porém não usam, o descrédito que os homens vêm tendo na política e no judiciário, principalmente, por conta de seus envolvimentos em corrupção e/ou interesses escusos. Alheios à vontade do povo, que é soberano, ou pelo menos deveria ser.

Esse período de crise política em que o Brasil atravessa, onde representantes do legislativo, executivo e judiciário deveriam ser de reputação ilibada, honrados e honestos, comprometidos de fato com o serviço público para o bem-estar da sociedade, e em vez disso se embrenham num mar de corrupção, roubalheira e todo tipo de crime contra o patrimônio público e a sociedade, a mulher deveria avançar mais na conquista do seu devido espaço. Porém, isso não acontece com a devida velocidade que o momento exige, porque ela ainda não se conscientizou de sua grandiosidade. Da sua gigantesca capacidade de ocupar novos e elevados espaços. E, ao que tudo indica, a mulher resiste em torcer e votar na própria mulher.

As Sagradas Escrituras estão recheadas de passagens em que o Senhor enaltece a força e a capacidade da mulher na sociedade. É como podemos ver em alguns versículos: “A força e a glória são os seus vestidos, e alegre-se com o dia futuro” (Provérbios 31:25);

“Levantam-se seus filhos, chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva dizendo:

Muitas filhas procederam virtuosamente, porém tu a todas sobrepujas” (Prov. 31: 28-29)

E tem até advertência ao homem em relação a elas: “Igualmente vós, maridos vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher como o vaso mais fraco; Como aqueles que juntamente com elas sois herdeiras da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações” (I Pedro 3:7).

Então, que nesta data simbólica, do “Dia Internacional da Mulher” , que ela reflita sobre sua força e capacidade de trabalho para o bem-estar comum e procure sim ocupar todos os espaços em igualdade ao homem, em todas as áreas. Somente assim teremos, futuramente, uma sociedade muito melhor para todos.

 

*Jornalista e Professor