Pacientes permaneceram por mais de 7 horas na unidade
Espera de mais de 7 horas levou diversos pacientes a reclamarem do atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário nesta quinta-feira (31). Alguns chegaram às 8h e ainda aguardavam atendimento às 15h30. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) alega que o clima quente e seco causa maior demanda, o que estaria provocando as esperas.
Após se revoltarem e buscarem satisfações, a Guarda Municipal foi acionada e uma viatura chegou à unidade por volta das 15h, alguns minutos antes da chegada da reportagem do Jornal Midiamax. Pacientes afirmaram que o atendimento que corria normalmente pela manhã, mas parou por volta das 10h30.
“Começaram a chamar de novo somente depois que a Guarda chegou e eu falei que ia chamar o Mídiamax”, conta o motorista Marco Aurélio da Silva, de 36 anos, que estava na UPA com dores na coluna.
Por ironia, uma estudante de medicina de 19 anos, que não quis revelar o nome, foi uma das pessoas que estava aguardando atendimento. Gestante de 1 mês, ela chegou às 10 horas, acreditando que seria rápido e foi atendida apenas depois das 15h. “Estou aqui sem almoçar, mas minha maior preocupação foi com uma idosa de mais de 90 anos que ficou aguardando umas 2 horas. Ela quase não conseguia caminhar e estava vomitando”, relata.
Assim como a estudante, a fonoaudióloga Gisele Ajala, de 38 anos, que estava afônica e até foi trabalhar, enfrentou horas de espera. “Disseram que eu não podia ficar, que deveria ir ao médico. Como não tenho plano, vim aqui”, disse ela com dificuldade.
Dores e outras dificuldades foram relatadas por outros pacientes que esperavam e a explicação era sempre a mesma: receberam classificação azul e teriam que esperar até o final da tarde para serem atendidos – se não houvesse mais atendimentos prioritários .
“Quando deu 11 horas fui perguntar na assistência social o que estava acontecendo e fui informada que ao meio dia seria feita a troca de plantão e às 13 horas o atendimento voltaria. A chefe da enfermagem falou que os classificados como azul seriam atendidos somente no fim da tarde”, reclama a copeira Josimeire Martins da Silva, de 30 anos, que estava preocupada com o inchaço no pé, pois tem pressão alta e histórico de cardíacos na família.
A Sesau informou por meio de sua assessoria que a UPA Universitário estava com o quadro completo de médicos nesta tarde. “Neste momento, 5 médicos estão atendendo: um a mais do que o programado na escala da UPA Universitário”, diz o comunicado enviado ao Jornal Midiamax.
A Sesau ressalta que “as UPAs têm por finalidade atender, prioritariamente, casos de maior gravidade, ou seja, de urgência e emergência, classificados como vermelho ou amarelo. Diante disso, casos de menor gravidade, sendo classificados como azul ou verde, acabam sendo preteridos resultando na longa espera por atendimento. Estes pacientes classificados como verde ou azul podem ser atendidos nas unidades básicas de saúde, pois o quadro de saúde deles é para atendimento ambulatorial”.
