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Cotidiano

Mais do que desintoxicação, comunidades terapeutas ampliam acolhimento para público LGBT+

Prefeitura de Campo Grande renovou com ampliações no atendimento de comunidades de acolhimento de dependentes de droga e/ou álcool
Karina Campos, Clayton Neves -
acolhimento terapeutico
Assinatura do termo aditivo na Esplanada Ferroviária (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

A Prefeitura de assinou na manhã desta sexta-feira (23), na Esplanada Ferroviária, junto à SDHU (Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos) e Federação Sul-Mato-Grossense de Comunidades Terapêuticas, a renovação do termo aditivo para atendimento de dependentes químicos. O acordo ainda amplia para 315 vagas de acolhimento, sendo 15 especialmente para o público LGBT+.

O termo é firmado desde 2017, com atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo do interior do Estado. Ao todo, 11 comunidades terapêuticas acolhem. A assinatura regulariza lotação que já era registrada, pois das novas vagas todas já estão ocupadas.

Sheila Mateus, da federação, explica que há um processo voluntário, ou seja, é necessário interesse do acolhido para receber atenção nos espaços. O tratamento de desintoxicação tem medida de duração de nove meses, contando com atendimento psicológico, biológico e espiritual, além do apoio de profissionais qualificados. Entre as técnicas, os “12 passos de recuperação dos Narcóticos e Alcoólicos Anônimos”. “A grande dificuldade é na demanda grande, falta vagas”.

Cris Stefanny Venceslau, coordenadora de Políticas Públicas LGBT, detalha que muitas casas de acolhimento utilizam a religiosidade como soma no tratamento, mas qualifica que a desintoxicação busca a cura por medicamentos, terapia e espaço específico para o grupo de ambos gêneros.

“Se parar para analisar, quando precisa fazer um acolhimento do público LGBT, nunca tem espaço adequado, a maioria das comunidades terapêuticas, apesar da forma do atendimento que faz, tem toda uma questão religiosa, não são todas que impedem a entrada e deixa de acolher, só que em muitos casos quando acolhe, existe uma série de questões que desencontram a questão do gênero, da sexualidade, e as pessoas estão ali para buscar cura da dependência, não espiritual”.

Cris (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)
Cris Stefanny (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Para ela, a opção de um espaço ao público eleva a representatividade da cidadania, uma vez, que se sente bem e saindo da margem da exclusão. Outra pontuação da política é que as vagas serão distribuídas em várias unidades, pois o que será específico será o acolhimento, sendo assim o público não ficará isolado dos demais.

“Quando acha uma unidade terapeuta que abraça a causa, inclusive amplia as vagas e cria um local adequado para pessoas LGBT, só calha e mostra que as políticas públicas vêm ao acolhimento, não política transversal para inglês ver”.

Apesar da ampliação, o frio resulta em lotação. A subsecretária de Direitos Humanos, Thais Helena Vieira, o aumento de vagas era uma cobrança antiga, as unidades ficaram lotadas com a chegada do frio e esforço para o tratamento.

“No município tem muitas mães desesperadas quando o filho é dependente, muitos não têm acesso ao tratamento, essa é uma maneira de dar acolhimento e tratamento digno”.

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