Pular para o conteúdo
Brasil

Congresso adota ‘recesso branco’ em julho sem votar diretrizes para Orçamento de 2024

O Congresso adotará, a partir da próxima semana, o chamado “recesso branco”, a partir de um acordo informal entre os parlamentares. Deputados e senadores terão duas semanas de “férias”, sem sessão nas duas Casas. O período será extraoficial, já que os congressistas não votaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), condição estabelecida na Constituição para … Continued
Agência Estado -
congresso reforma tributária
Fachada do Congresso Nacional, em Brasília. (Antônio Cruz, Agência Brasil)

O Congresso adotará, a partir da próxima semana, o chamado “recesso branco”, a partir de um acordo informal entre os parlamentares. Deputados e senadores terão duas semanas de “férias”, sem sessão nas duas Casas. O período será extraoficial, já que os congressistas não votaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), condição estabelecida na Constituição para o início do recesso do meio do ano. A análise não foi realizada por consenso com o governo .

O recesso começará na terça-feira, 18, e vai até o dia 31 de julho. Isso significa que Câmara e Senado não votarão mais nenhum projeto relevante até o final do mês. Os parlamentares continuarão recebendo o salário mensal bruto de R$ 41.650.

A votação do projeto de lei do arcabouço fiscal ficará para agosto. Esse atraso acabou influenciando a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, segundo o relator, deputado Danilo Forte (União -CE).

“Vamos começar (a votação da LDO) depois do arcabouço. Quem atrasou a LDO foi a votação do arcabouço. Porque a LDO materializa o arcabouço e ele vai ter reflexos na economia que não vão estar na LDO. Nós vamos ter que ter um tempo para fazer a LDO, não pode ser açodado. E a culpa não é minha. Desde abril, eu digo que a gente só pode votar a LDO depois que ver o arcabouço. O culpado é o Senado”, disse.

Votações aceleradas antes do recesso

A pausa vem após um esforço concentrado por parte do presidente da Câmara, (PP-AL), em aprovar pautas prioritárias ao governo, como a reforma tributária e o projeto de lei que retoma o chamado “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). No Senado, a votação da reforma tributária e a proposta do Carf também ficarão para o próximo mês.

O período pode afetar o trabalhos das comissões de inquérito. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, por exemplo, só terão sessões na volta do recesso.

Aproximação com as bases

Para o cientista político Rafael Cortez, o “recesso branco” auxiliam deputados e senadores a exercerem outro papel relevante de suas funções: se aproximar das bases políticas estaduais.

“Os parlamentares têm de lidar com essa dualidade: o exercício do mandato em e o diálogo com as bases, a quem eles estão ligados no Estado. A atividade legislativa não pode ser valorizada por processo legislativo ordinário, mas também pela maneira em como esse parlamentar participa na relação com suas bases”, disse.

Muitos parlamentares, porém, utilizam o recesso como “férias”. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, viajou, inclusive, antes do início do período estabelecido de pausa para o cruzeiro do cantor Wesley Safadão, nos Estados Unidos.

Seis meses de sessão legislativa

Até o momento, a Câmara apreciou 95 propostas, aprovou 87 e rejeitou oito em 469 horas de atividade. No Senado, foram 394 apreciadas, 166 aprovadas, três rejeitadas e 225 prejudicadas, retiradas ou eram medidas provisórias com perda de eficácia. Foram realizadas 88 sessões plenárias desde o começo do ano.

A Casa revisora ainda aprovou 38 indicações – a de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi a principal delas.

Em um começo turbulento pela falta de articulação política com o Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a ajuda no repasse de emendas, garantiu a aprovação das principais medidas provisórias (MPs) que retomam programas de governos caros ao PT, como o Bolsa Família, o e o Mais Médicos, e aprovou a reforma tributária.

Em alguns casos, a vitória veio a duras penas, como no caso da MP dos Ministérios, e exigiu que o governo abrisse diálogo para remanejar espaços para partidos do Centrão em ministérios e em estatais.

“Me parece que a gente encerra a atividade legislativa no primeiro semestre com o grupo político respondendo aos principais dilemas da agenda nesse primeiro semestre, o que não deixa de ser surpreendente, porque o ambiente político nas fileiras do Congresso é bastante turbulento”, avaliou Cortez.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Prazo se aproxima, mas 342 mil ainda não declararam o Imposto de Renda em MS

Daniel transformou carro em motorhome para viajar de Bela Vista ao Alasca: “Sonho de criança”

Café da manhã para mães incentiva doação de sangue no Hemosul da Capital

Projeto de Lei propõe banir racistas de estádios por 10 anos em Mato Grosso do Sul

Notícias mais lidas agora

Retomada há 2 anos, obra de radioterapia do HRMS avança a passos lentos e chega a 70%

onça atacou gato

Suposto ataque de onça em Aquidauana deixa moradores em alerta: ‘a vizinha jura que viu’

Midiamax renova tecnologia de LED com painel na principal avenida de Dourados: ‘Pioneirismo’

ciclistas ciclovia

Em cinco anos, apenas seis projetos pautaram ciclistas na Câmara de Campo Grande

Últimas Notícias

Cotidiano

Meeting Paralímpico reúne mais de 170 atletas e estreia nova modalidade em Campo Grande

Durante o evento, o campeão paralímpico Yeltsin Jacques alcançou a melhor marca do ano nos 1500 metros

MidiaMAIS

Dia das Mães: confira 5 receitas quentinhas para surpreender a família

O Midiamax separou cinco receitas deliciosas para curtir o Dia das Mães em família no clima frio do Mato Grosso do Sul; confira

Política

A pedido de Soraya Thronicke, CPI das Bets ouve Virginia Fonseca na terça-feira

Segundo a parlamentar, a convocação na CPI das Bets é necessária pela popularidade de Virgínia no mercado digital

Cotidiano

Com drive-thru, dia ‘D’ de vacinação disponibiliza 15 mil doses contra Influenza na Capital

Mato Grosso do Sul é o único estado com dia ‘D’ em duas cidades. Ação também ocorre em Dourados