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Política

Preso há mais de 20 dias, prefeito afastado de Terenos tenta liberdade no STJ

Henrique Budke foi preso na Operação Spotless, do Gaeco
Adriel Mattos -
Prefeito de Terenos, Henrique Budke. (Foto: Reprodução, Redes Sociais)

A defesa do prefeito afastado de , Henrique Budke (), ingressou com habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Preso desde 9 de setembro após operação contra , o político já teve pedido de liberdade negado.

O processo foi distribuído ao gabinete do ministro Ribeiro Dantas no fim da tarde de terça-feira (30/09). Ainda não há previsão de julgamento.

Prefeito afastado e mais 25 são denunciados à Justiça

O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) denunciou o prefeito afastado de Terenos, Henrique Budke (PSDB), e mais 25 pessoas envolvidas no suposto esquema de corrupção na prefeitura, desmontado após a Operação Spotless, em setembro de 2025. Budke está preso há mais de 20 dias.

Licitações de obras públicas eram direcionadas, e empresas se revezavam nos serviços, garantindo que o grupo se beneficiasse do esquema, que incluía pagamento de propina ao prefeito e outros citados.

Foram denunciados:

  1. Henrique Budke (PSDB), prefeito afastado de Terenos
  2. Arnaldo Glagau (PSD), vereador e empresário
  3. Arnaldo Santiago, empresário
  4. Cleberson José Chavoni Silva, empresário
  5. Daniel Matias Queiroz, empresário
  6. Edneia Rodrigues Vicente, empresário
  7. Eduardo Schoier, empresário
  8. Fábio André Hoffmeister Ramires, policial militar e empresário
  9. Felipe Braga Martins, empresário
  10. Fernando Seiji Alves Kurose, empresário
  11. Genilton da Silva Moreira, empresário
  12. Hander Luiz Correa Grote Chaves, empresário
  13. Isaac Cardoso Bisneto, ex-secretário municipal de Obras e Infraestrutura
  14. Leandro Cícero de Almeida Brito, engenheiro
  15. Luziano dos Santos Neto, empresário
  16. Maicon Bezerra Nonato, servidor público municipal
  17. Marcos do Nascimento Galitzki, empresário
  18. Nádia Mendonça Lopes, empresária
  19. Orlei Figueiredo Lopes, comerciante
  20. Rinaldo Córdoba de Oliveira, empresário
  21. Rogério Luís Ribeiro, empresário
  22. Sandro José Bortoloto, empresário
  23. Sansão Inácio Rezende, empresário
  24. Stenia Souza da Silva, empresário
  25. Tiago Lopes de Oliveira, empresário
  26. Valdecir Batista Alves, empresário

“O que se apurou na investigação é uma organização criminosa instalada no Poder Executivo do Município de Terenos, atuando há anos para fraudar licitações e saquear os cofres públicos, um verdadeiro balcão de negócios comandado pelo prefeito municipal [Henrique Budke]”, pontuou o procurador-geral de Justiça Romão Ávila Milhan Júnior.

Operação do Gaeco em Terenos prende prefeito

A Prefeitura de Terenos foi alvo de devassa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) em 9 de setembro.

Foram expedidos 16 mandados de prisão, além de 59 mandados de busca e apreensão em Terenos, Campo Grande e Santa Fé do Sul (SP).

Prefeito de Terenos chefiava esquema de fraude em licitação

Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa alvo da Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), em 9 de setembro.

A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definidos. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.

Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.

O esquema pagava, ainda, propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços e aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.

A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.

Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPChoque (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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