Na visão do deputado estadual Rinaldo Modesto, Podemos, a federação entre o União Brasil – partido liderado pela irmã Rose Modesto em Mato Grosso do Sul – com o Progressista da senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina – deve dificultar a vida de quem busca a reeleição em 2026.
Nesta semana as legendas bateram o martelo no processo que pavimenta a futura unificação, abrindo caminho para a maior bancada na Câmara Federal. Em Mato Grosso do Sul um marco importante também nessa conjuntura foi a filiação do governador Eduardo Riedel, que deve atrair ex-correligionários do ninho tucanos para as fileiras progressistas em breve conforme apurado pelo Midiamax.
“Eu acho que essa federação ficou muito forte. Porque são duas bancadas, tanto na Câmara Federal quanto no Senado, que detêm bons representantes, um número proporcionalmente falando um dos maiores partidos, e é natural que isso verticalize em todos os estados. É natural que isso fique muito forte para definir uma boa bancada estadual, federal e a reeleição do Riedel. Então vejo que essa federação ficou assim, bem estruturada”, disse.
Para o parlamentar, com esse novo formato, a única garantia é de que 2026 não reserva “vida fácil para ninguém”.
“Todos os partidos terão no mínimo de quatro a cinco deputados com mandato. E outros nomes de grande relevância que também vem para compor. Então, na verdade, eu já estive dos dois lados. Eu já ganhei eleição com muitos votos e fiquei de fora e já tive poucos votos e entrei. Então, a política é dinâmica, depende muito do momento”, afirmou.
Entenda como os deputados que buscarão reeleição analisam
A análise de Rinaldo, assim como de outros postulantes à reeleição, considera o chamado coeficiente eleitoral, cálculo fundamental para determinar a distribuição das vagas em cargos legislativos no Brasil, como vereadores, deputados estaduais e federais.
Conforme prevê a legislação eleitoral, em um sistema de eleição proporcional, não basta que um candidato seja o mais votado para garantir sua cadeira; é preciso que seu partido ou federação partidária atinja um número mínimo de votos.
Para se chegar ao coeficiente eleitoral, realiza-se uma operação matemática simples: divide-se o número total de votos válidos (votos nominais e de legenda, excluindo brancos e nulos) pelo número de cadeiras em disputa. O resultado, desconsiderando as frações, é o coeficiente eleitoral.
Após a definição do coeficiente eleitoral, o próximo passo é calcular o quociente partidário. Ele determina quantas vagas cada partido ou federação terá direito inicialmente.
Para isso, divide-se o número de votos válidos recebidos pelo partido (soma dos votos nominais de todos os seus candidatos mais os votos de legenda) pelo coeficiente eleitoral. O resultado inteiro da divisão corresponde ao número de cadeiras conquistadas.
Por exemplo, se um partido obteve 25.000 votos e o coeficiente eleitoral é de 10.000, o quociente partidário será 2,5. Neste caso, o partido garante duas vagas diretas. A fração (0,5) será considerada na etapa seguinte, na distribuição das “sobras”.
Vale mudar de partido?
Após a mudança de Eduardo Riedel do PSDB para o PP, e do ainda presidente tucano Reinaldo Azambuja para o PL, a bancada do PSDB deve se diluir na Assembleia Legislativa com a sinalização de revoada do ninho.
Entretanto, o assunto é tratado com cautela. Parlamentares como Paulo Corrêa deixam para cravar a decisão respeitando o calendário partidário, que dá prazo limite em março no ano que vem.
Rinaldo Modesto, que também teria sinalizado mudança do Podemos para o União Brasil, deixou para tornar as conversas sobre a articulação mais consistentes, somente no próximo ano.
“Vou definir a minha ida ou não para a União Brasil ou para um outro partido somente no período oportuno. Março do ano que vem. Agora é fato que o fato de Rose ser presidente do partido isso dá uma segurança a mais pra estar no União, mas mesmo assim eu vou analisar só o ano que vem”, afirmou.
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