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Política

Decisão da OMS pressiona uso de canetas emagrecedoras no SUS, avalia Nelsinho

Comitê inseriu medicamentos análogos ao GLP-1, como a semaglutida e a tirzepatida, à relação de remédios essenciais
Vinicios Araujo -
Canetas como Ozempic se popularizaram no tratamento da obesidade. (Foto: Reprodução/Internet)

Para o senador (PSD), a decisão da OMS (Organização Mundial da Saúde) que insere medicamentos análogos ao GLP-1 — como a semaglutida e a tirzepatida, ambos encontrados nas famosas canetas emagrecedoras — à relação de remédios essenciais aumenta a pressão sobre o para considerar a inclusão dessas substâncias no SUS (Sistema Único de Saúde), garantindo, assim, o acesso gratuito ao tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

O senador sul-mato-grossense, que é médico, atua como principal articulador de medida que cobra do Ministério da Saúde a análise da incorporação dos medicamentos ao SUS. Trad ampara seu pedido com fundamentação científica sobre os benefícios clínicos, econômicos e sociais da medida.

Ao Jornal Midiamax, o parlamentar menciona que há poucos dias se reuniu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçando argumentos em favor do acesso coletivo aos medicamentos.

“A pauta incluiu a necessidade de abrir caminho para a produção nacional e negociação de preços junto às indústrias farmacêuticas. Na ocasião, o ministro Padilha anunciou a publicação de edital especial pela Anvisa, voltado ao registro de medicamentos à base de semaglutida e liraglutida, e destacou que a prioridade é ampliar a concorrência e facilitar a entrada de genéricos, o que pode reduzir os valores de mercado e facilitar o acesso futuro pelo SUS”, destaca a nota.

Nelsinho defende que a prevenção por meio dos novos medicamentos pode gerar economia ao SUS. “Pode desafogar a rede, especialmente no tratamento de diabetes, hipertensão e complicações cardiovasculares. O Brasil não pode ficar alheio à tendência internacional, especialmente diante da epidemia de doenças crônicas que pressionam o orçamento público”, destaca.

O senador aponta dados que acusam gasto anual de aproximadamente R$ 20 bilhões somente com diabetes e obesidade. O número, na avaliação do parlamentar, indica que a incorporação das canetas poderia representar redução desse impacto em médio prazo.

Decisão da OMS

Mesmo que, no último ano, o uso dessas canetas tenha sido associado ao tratamento de emagrecimento, a organização não indica o uso dos medicamentos para pessoas com obesidade e sem comorbidades como diabetes, doença cardiovascular ou doença renal.

A organização justifica a falta de evidências científicas de efeitos da substância nessa população.

“O comitê de especialistas não recomendou a inclusão […] para o tratamento de pessoas com obesidade sem comorbidades, devido a evidências limitadas e menos maduras de benefício em desfechos cardiovasculares e mortalidade nessa população, além da falta de dados sobre segurança a longo prazo”, detalha a decisão do comitê de especialistas do órgão.

A atualização foi divulgada nesta sexta-feira (5), sendo adotada em mais de 150 países. A Lista de Medicamentos essenciais é um instrumento de orientação para o desenvolvimento de listas nacionais de fármacos considerados seguros e eficazes para a proposta de tratamento.

A medida, contudo, deve ser um desafio para financiamento público. “Os altos preços de medicamentos como semaglutida e tirzepatida estão limitando o acesso a esses medicamentos. Priorizar aqueles que mais se beneficiariam, incentivar a concorrência de genéricos para reduzir os preços e disponibilizar esses tratamentos na atenção primária — especialmente em áreas carentes — é essencial para expandir o acesso e melhorar os resultados em saúde. A OMS continuará monitorando os desenvolvimentos, apoiando estratégias de preços justos e ajudando os países a melhorar o acesso a esses tratamentos transformadores”, destaca a OMS.

O diretor de Políticas e Padrões para Medicamentos e Produtos de Saúde da OMS, Deusdedit Mubangizi, considera que a garantia do acesso equitativo a medicamentos essenciais é o caminho para refletir respostas coerentes do sistema de saúde, sobretudo apoiada por “forte vontade política, cooperação multissetorial e programas centrados nas pessoas que não deixem ninguém para trás”.

“O reconhecimento da OMS mostra que essas canetas são importantes internacionalmente e deve, sim, servir de pressão para que o Brasil avance — não só acelerando os estudos, registro e produção desses medicamentos, mas buscando formas de baixar o preço e ampliar o acesso para quem mais precisa também”, destacou Nelsinho ao Midiamax.

O senador reforça que a obesidade, mesmo sem outras doenças, é um problema sério. Ele defende que práticas inovadoras abrem um caminho de oportunidades para cuidar da saúde antes que ocorram consequências graves.

“O caminho é investir em pesquisa, negociar com os fabricantes e construir políticas que ajudem o paciente do SUS a receber o melhor tratamento possível, com segurança e responsabilidade”, afirma.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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