O vereador Arnaldo Godoy Cardoso Glagau, do PSD, está entre os alvos de busca e apreensão da Operação Spotless, deflagrada ontem (9/09) em Terenos. Ele figura entre os empreiteiros investigados por suspeita de fraude em contrato de obras no município.
A operação é um desdobramento da Veratus e busca desarticular organização criminosa autora de esquema envolveu fraudes que superam os R$ 15 milhões.
Arnaldo Godoy é engenheiro, vereador pelo PSD de primeiro mandato, e responde pela empresa Agpower Engenharia & Construções LTDA. (CNPJ: 33.201.352/0001-64), que firmou mais de R$ 338,3 mil em contratos com a Prefeitura de Terenos já na gestão de Henrique Budke (PSDB), preso por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na ação desta semana.
Os contratos de Glagau com a administração se deram antes do seu mandato. Os serviços contratados envolvem reformas de pontes de madeira e revitalização de parquinhos em Terenos.
A lista completa com os alvos da operação liderada pelo Gaeco e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) incluem buscas e apreensão em 59 endereços e ao menos 16 mandados de prisão. Duas pessoas estão foragidas.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, Arnaldo não estaria entre os detidos. Ele teve celular e notebook apreendidos na ação de ontem.
A reportagem buscou contato com a assessoria de Arnaldo, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Prefeito de Terenos chefiava esquema
O prefeito Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa alvo da Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), nesta terça-feira, 9 de setembro.
A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.
Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.
O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.
A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.
Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPCHq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
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