Plutão ganha novas fotos da NASA e Doodle do Google mostra New Horizons

 O Doodle do Google leva o internauta pra “o canto distante do sistema solar”

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 O Doodle do Google leva o internauta pra “o canto distante do sistema solar”

Plutão não é mais um planeta, mas sempre desperta a curiosidade de observadores do Espaço. Na noite desta segunda-feira (13), o Google celebra as novas imagens mais aproximadas, obtidas pela NASA, em alta resolução, com a sonda New Horizons, em mais um Doodle. Criado pelo designer e doodler, Kevin Laughlin, o Doodle do Google leva o internauta pra “o canto distante do sistema solar”.

A descoberta científica também pode ser celebrada no canal da New Horizons, da NASA, no YouTube, onde você encontrará vídeos detalhando as descobertas extraordinárias da sonda espacial e imagens bem próximas daquele que hoje é apenas o 134340, um “planeta-anão” – décimo objeto mais massivo observado orbitando o Sol. Plutão foi “rebaixado” de categoria em 2006, mas a polêmica persiste.

A arte na página inicial do buscador é simples e passa o seu recado de maneira sutil. Uma animação mostra Plutão no lugar de um dos “O’s” da marca Google, e quando o usuário dá o “play”, passa então a ficar girando. A sonda New Horizons sobrevoa Plutão e faz imagens, como tenta a NASA.

 

New Horizons

Depois de nove anos viajando, enfim, a sonda New Horizons está “perto” de Plutão. Ela foi lançada em 2006, dentro do foguete Atlas. No ano seguinte, viajou até Júpiter e usou a gravidade do planeta para ficar mais rápida e acelerar seu trajeto. Desde então, entrou em estado de repouso, sendo reativada somente no fim do ano passado, quando passou a estar mais próxima de seu objetivo no Espaço. Foram nove anos, quase 5 bilhões de quilômetros e uma velocidade de até 50 mil kmh.

A New Horizons tem a missão de dar uma volta completa em torno de Plutão, e de suas cinco luas, para capturar imagens em altíssima resolução e enviar para a Terra. Com sete instrumentos a bordo, a sonda transmite o conteúdo em “tempo real” e demora 4h30 para completar a transmissão.

O foco da NASA é mapear a composição e a temperatura da superfície de Plutão e também de sua maior lua, Caronte (Charon). As outras quatro luas, Nix, Hidra, Cérbero e Estige são menores.

O projeto é bastante ousado, tendo em vista a distância de Plutão para a Terra. Além disso, é uma área pouco explorada pelos pesquisadores. Portanto, é possível compreender a empolgação de todos.

 

Por que Plutão não é mais um planeta?

A decisão é da União Astronômica Internacional (IAU), e foi tomada porque, no início da década passada, diversos objetos com as características físicas similares às de Plutão foram descobertos, como Haumea, Makemake, Éris, Quaoar, Sedna, entre outros. Após esta descoberta, foram definidas três condições físicas obrigatórias para que um corpo seja considerado um planeta.

O corpo celeste deve estar em órbita em torno do Sol, precisa ter massa e gravidade suficiente para manter forma esférica e em equilíbrio hidrostático, além de ser dominante em sua órbita. Ou seja, precisa ter gravidade suficiente para atrair corpos menores ao longo de sua trajetória em torno do Sol. Plutão não satisfaz esta terceira condição e, por isso, acabou sendo reclassificado “planeta-anão”.

Sendo assim, o Sistema Solar tem uma nova configuração, com somente oito planetas, e não nove, como a maioria aprendeu na escola: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

Um detalhe curioso, porém, já foi descoberto: Plutão acabou sendo identificado como maior do que se imaginava. Ele tem diâmetro de 2.370km, cerca de 80km a mais do que se pensava anteriormente. Isso indica que ele consiste mais de gelo e menos de água, além de um sistema remanescente do Solar.

 

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