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Cotidiano

Um ano depois de Adrielly, tragédia se repete com menina na favela Para-Pedro

Maria Eduarda foi baleada e morreu após incursão policial na comunidade. Irmã acusou PMs
Arquivo -

Maria Eduarda foi baleada e morreu após incursão policial na comunidade. Irmã acusou PMs

Rio – Uma nova tragédia volta a marcar o dos cariocas. Um ano após a morte da Adrielly dos Santos, de 10 anos, vítima de bala perdida em Pilares, agora foi a vez de Maria Eduarda Sardinha da Silva, de 11, morrer pelo mesmo motivo, desta vez na comunidade Para-Pedro, em Colégio, Zona Norte, após incursão do 41° BPM (Irajá). Depois da tragédia, moradores da comunidade fecharam a Estrada do Colégio e atearam fogo em um ônibus, em protesto contra a ação da PM. O ato parou a Avenida Pastor Martin Luther King nos dois sentidos e teve reflexo também na Avenida Brasil.

Moradores acusaram os policiais de entrarem na comunidade atirando, por volta das 8h de ontem, em busca de criminosos. A PM nega e diz que apenas se defendeu do ataque de traficantes. Na ação, Maria Eduarda foi baleada e morreu a caminho do hospital. Tio da menina, Silvano André da Silva, de 49 anos, e o sobrinho, David Araújo da Silva, de 7, foram atingidos de raspão no braço e na cabeça, respectivamente. Eles foram socorridos na UPA de Rocha e liberados em seguida. .

“Os policiais entraram na comunidade barbarizando e deram de cara com os bandidos, que saíram correndo. E eles (policiais) começaram a atirar de qualquer jeito, com a casa da minha irmã na frente. Acabou pegando em todo mundo. Eu sei quem atirou. Eu vi os caras”, disse, indignada, Vanessa Soares da Silva, mãe de David e irmã de Maria Eduarda. .

Em nota oficial, a Polícia Militar confirmou que a morte de Maria Eduarda se deu durante uma operação e que as armas dos policiais presentes na ação estão à disposição da Polícia Civil para perícia. Até a noite desta segunda-feira, o corpo da menina ainda estava na UPA. O enterro não fora marcado.

Policiais da Divisão de Homicídios (DH) estiveram ontem na Favela Para-Pedro, onde fizeram perícia, a fim de saber de onde partiram os tiros que atingiram as três pessoas, e ouviram testemunhas. Familiares da menina devem prestar depoimento nos próximos dias. Os fuzis e pistolas que estavam com três PMs já foram entregues à DH. Moradores contaram à imprensa que não houve e criticaram a ação do 41º BPM: “Não teve confronto nenhum, eles chegaram atirando, sem mais nem menos”, afirmou um homem, que pediu para não ser identificado.

Por sua vez, o comandante do 41º BPM, tenente-coronel Luiz Carlos Gomes, negou a versão do confronto: “Na rua só havia marginais quando os policiais chegaram. Houve confronto e um dos projéteis atravessou uma parede e atingiu a menina, que, infelizmente, veio a falecer”, afirmou o oficial. A Polícia Militar também afirmou que ocupa a comunidade do bairro do Colégio desde o dia 14, quando começou guerra entre traficantes.

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