Nesta quarta-feira (3) servidores do Judiciário protestam em Campo Grande por tratamento igualitário entre servidores da base e magistrados, além de contra o fechamento de sete comarcas pelo interior do Estado. Nesta manhã estão sendo esperados cerca de 500 manifestantes em frente ao Fórum Heitor Medeiros para então protestarem em frente ao Tribunal de Justiça às 13 horas.

Das 56 comarcas no Estado, o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul (Sindijus) aponta que as de Rio Negro, Baitaporã, Deodápolis, Angélica, Dois Irmãos do Buriti, Itaporã e Anastácio estão em processo de fechamento.

“O Tribunal de Justiça alega que é necessário o corte de gastos, mas com isso vão deslocar trabalhadores e processos e isso vai ter um impacto social enorme. Além disso, as comarcas prestam um serviço social e o Estado tem que investir um duodécimo por isso”, explicou o presidente do sindicato Glodoir Vargas.

Segundo o sindicato há comarcas com excesso de trabalho, como a de Ponta Porã que em média um analista judiciário tem mil processos por mês enquanto a média no Estado são 300. “Há muito servidor doente devido ao desgaste de trabalho, sendo que as horas-extras não são pagas”, afirmou.

Outra reivindicação da categoria é que seja igualado o vale alimentação dos servidores de R$ 475 com os dos juízes, que recebem R$ 1.200, além dos salários. Mais um motivo para o protesto está sobre o não cumprimento da promessa do Tribunal de Justiça em pagar o adicional por tempo de serviço a 1.416 servidores desde 1999 em processo, que seria pago em 28 de junho.