8 mortes seguidas ligadas a pneumonia preocupam servidores e familiares no HRMS

Óbitos teriam ocorrido no período de uma semana

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Óbitos teriam ocorrido no período de uma semana

Oito mortes seguidas no Hospital Regional de Campo Grande deixaram funcionários e familiares de pacientes em estado de alerta. Todas estariam ligadas a um surto de pneumonia nas instalações hospitalares e foram registradas no intervalo de apenas 7 dias. A direção não confirma, mas admite que está ‘investigando a situação’.

Funcionários afirmam que todos os pacientes morreram em decorrência da doença, supostamente adquirida em leitos do HRMS. Eles temem pela própria saúde, já que a pneumonia é a sexta causa mais frequente de mortes em ambiente hospitalar e pode ser causada por microrganismos diferentes.

A pneumonia surge depois da inalação de microrganismos, mas às vezes a infecção é levada pela corrente sanguínea ou migra para os pulmões diretamente a partir de uma infecção próxima. No último dia 1º de junho, um paciente idoso morreu no Hospital Regional e entre as causas do óbito foi constatada a pneumonia, como mostra a certidão de óbito.

A família garante que a pneumonia foi adquirida no Hospital, pois o parente foi internado livre da doença. O relato feito aos filhos pela equipe médica foi de que o paciente teria aspirado alimentos durante a internação, situação comum entre acamados, e que é uma das causas de infecção pulmonar. “Nós estranhamos, mas como ele tinha outras enfermidades, aceitamos”.

Nos adultos, as causas mais frequentes e mais perigosas da enfermidade são as bactérias, como o Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus e Legionellae Hemophilus influenzae.

Surto em 2003

No ano de 2003, o HR foi alvo de investigação por causa de uma sequência de mortes provocados pela bactéria pseudomonas aeruginosa.

Pelas contas apresentadas à época por funcionários, naquele ano ao menos 130 pessoas morreram pela ação da bactéria.

O levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, porém, indicou que 32 pacientes teriam morrido por conta da disseminação da bactéria. O MPE (Ministério Público Estadual) abriu investigação na época, mas ninguém chegou a ser punido pelas mortes.

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