Inovações na indústria de entretenimento no Brasil até 2025

A 22ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2021-2025 da PWC registrou que até 2025, a indústria de entretenimento e mídia no Brasil deve crescer 4,7%. Algo muito relevante para o setor já que havia registrado uma queda de 3,8% em 2020 por causa das mudanças e restrições provocadas pela pandemia.  A pesquisa analisou 14 […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Imagem: Freepik

A 22ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2021-2025 da PWC registrou que até 2025, a indústria de entretenimento e mídia no Brasil deve crescer 4,7%. Algo muito relevante para o setor já que havia registrado uma queda de 3,8% em 2020 por causa das mudanças e restrições provocadas pela pandemia. 

A pesquisa analisou 14 segmentos, entre eles Consumo de Dados, Publicidade Digital e na TV, Vídeo OTT (vídeos online sob demanda), Cinema, Acesso à Internet e Games. Com isso, concluíram que o mercado de entretenimento no Brasil, em valores, deve chegar a 38 bilhões de dólares até 2025.

Acredita-se que os gastos com publicidade terão um crescimento que deve atingir 6% ao ano até 2025. Isso se deve ao impacto cada vez maior dos serviços de streaming nas emissoras, mas ainda irá representar apenas 5% da receita total no mercado em 2025. No entanto, se por um lado as restrições da pandemia fizeram decair alguns setores, levantou outros. 

O setor de música digital, por exemplo, em 2025 espera-se que esse streaming chegue a 72% dos gastos dos brasileiros, sendo que as bilheterias de shows presenciais será de 17%. Esses números apontam uma recuperação, com o retorno do público aos shows, mesmo ainda trazendo resquícios do comportamento restritivo da pandemia.

Outro setor que segue crescendo é o de jogos. Uma tendência adquirida na época da pandemia e que é mantida a plano vapor atualmente. São várias as plataformas de jogos de cassino e apostas disponíveis no país, como vemos nesse link, e elas oferecem diferentes formas de entretenimento online.

E as opções devem aumentar ainda mais até 2025, apesar de algumas mudanças estipuladas pelo governo brasileiro em meio ao processo de licenciamento brasileiro. É o que afirma Ricardo Queiroz, sócio da PwC Brasil. Segundo ele, o setor de mídia e entretenimento passa por desafios e incertezas em todo o mundo desde o início da pandemia.

Porém, também acelerou coisas que já estavam acontecendo, como consumo de conteúdo online e digitalização. E tudo isso deve ajudar para que a recuperação seja mais rápida. Sendo assim, a mudança que originou na pandemia permanecerá nos próximos anos. Com as restrições, milhares de pessoas se viram obrigadas a consumir serviços e conteúdos online e esse comportamento permanecerá.

Um exemplo disso, além dos sites de jogos de cassino, são as plataformas digitais de leitura. O consumo de revistas digitais cresceu de 8% para 13%, e de livros e jornais para 11%. E outro ponto importante da pesquisa realizada pela PwC Brasil é que em 2025, 41 milhões de casas devem ter internet fixa e 163 milhões de pessoas devem ser assinantes de internet móvel.

Isso tende a manter o consumo de serviços digitais. E para tornar essa experiência ainda mais imersiva, muitos serviços estão utilizando IA, melhorando ainda mais o consumo digital. Uma pesquisa realizada pela Juniper Research revelou que haverá cada vez mais dispositivos inteligentes com suporte a assistente de voz. 

Ferramentas como a Alexa e o Google Assistant, por exemplo, já estão imitando o tom humano, revolucionando a interação por voz e trazendo soluções rápidas e precisas. A tendência é que, para 2025, a IA será o centro das estratégias e experiências com o público, oferecendo um conteúdo mais personalizado, na palma da mão e na ponta da língua. 

Esse crescimento na indústria de entretenimento será acompanhado de perto pelo setor de tecnologia, tendo em vista que as inovações andam juntas, com cada vez mais empresas oferecendo recursos tecnológicos para atrair o público. O mercado de tecnologia no Brasil vai gerar 797 mil vagas até 2025, segundo dados do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação).

Sergio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Brasscom, afirmou que vão ser disponibilizadas vagas no setor de tecnologia e faltam trabalhadores para ocupar elas. Por isso a Brasscom está iniciando jornadas até 2030 pensando em como as tecnologias podem alavancar o Brasil nos níveis regional e mundial. 

Espera-se então um crescimento no setor que aponte o Brasil em todo o mundo, algo que não acontece desde 2020, quando, na verdade, o mercado de mídia teve um declínio crítico devido à pandemia. É por isso que muitas empresas têm investido em análise de padrões de consumo, o que as permitirá ajustar suas estratégias de produção e distribuição de conteúdo de mídia com muito mais agilidade. Além disso, essas novas tecnologias permitem compreender melhor as necessidades dos consumidores, fazendo com que as empresas possam oferecer conteúdo direcionado e totalmente focado ao seu público-alvo, criando ofertas alinhadas às demandas do público e às necessidades do momento.

Conteúdos relacionados