![Primeiro crematório de Campo Grande chega com proposta de aconchego e conforto às famílias](/media/uploads/legacy/2020/10/0D6A9140-Editar-1-scaled.jpg)
O ser humano ainda tem um certo tabu quando o assunto é morte. Alguns ritos de passagem fazem desse procedimento um pouco mais ameno e o momento pede acolhimento. O acolher é uma das missões do primeiro Crematório de Campo Grande, que inaugurou no dia 07 deste mês.
Segundo o diretor executivo, Arthur de Carli, a desmistificação da cremação em si é um dos objetivos do grupo.
“Faremos um trabalho de formiguinhas trazendo um novo conceito de desmistificação da palavra cremação, inclusive no que diz ao valor, quando pensam que é um serviço restrito a uma certa classe social e que é mais cara”, diz.
Os planos são muito acessíveis e pra quem já tem plano com o parceiro Pax Nacional, acrescenta-se apenas R$ 5,00 à mensalidade e tem-se cobertura para toda a família, respeitando a carência de três meses. Os planos de cremação particulares variam de R$ 2.600,00 a R$ 3.500,00 com planos de pagamento de até dez vezes. Mas nosso intuito é que nossos clientes antigos sejam beneficiários e conheçam todos os serviços disponíveis.
A morte é considerada um dos maiores medos da humanidade, mas ela pode ser acolhida de uma maneira mais amena e sensitiva. Assim pensa a arquiteta Alessandra Ribeiro, que projetou o espaço. “Tudo foi pensado para transmitir a paz de quem opta em cremar um ente querido, além de trazer beleza, leveza e harmonia com o momento do luto”, declarou.
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Ainda segundo a arquiteta, o complexo foi definido em três blocos que simbolizam a tríade do equilíbrio – corpo, alma e mente. Possui também um pé direito alto que foi inspirado na grandiosidade do universo e da revoada dos pássaros simbolizando um voo ao infinito. O piso, na cor vermelha, remete a terra e traz um aconchego para aqueles que perderam seus entes. “Projetamos um local para uma acolhida harmoniosa de pessoas de diferentes crenças, mas com o mesmo propósito, por isso imprimimos a simbologia universal do voo dos pássaros, já que são considerados mensageiros entre céu e terra”, pontua.
Para a empresaria Nilma Ribeiro Cardoso, presidente do Grupo, é gratificante dar início a um trabalho que vem sendo planejado há mais de dez anos. “Planejamos cada detalhe da estrutura e da cerimonia a fim de atender às famílias em um dos momentos mais difíceis, a perda de um ente querido. Nosso maior objetivo é o conforto e acolhimento às famílias”. Frisa, com olhar de emoção ao relembrar de toda a pesquisa que realizaram em outras unidades de crematórios pelo mundo.
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A cerimônia, como não tem o enterro, nem mesmo sepultura, acontece com a despedida do corpo físico no salão principal que abriga 60 poltronas também na cor vermelha, o espaço conta também com dois telões para serem passadas imagens do ente falecido ou homenagens preparadas pela família. Há também música ambiente que dispõe a frequência do amor em todos os espaços do crematório.
Após o fechamento do caixão, uma cortina de nove metros se fecha até que um elevador móvel encaminha a urna funeraria para o espaço chamado de representação do céu – um espaço com porta automática que serve de passagem até o local onde fica o forno. Neste momento caem pétalas de rosas vermelhas sobre o caixão e a partir daí a família não tem mais contato com o corpo.
Após a passagem pelo espaço chamado de ‘céu’, o corpo físico dentro da urna entra na sala de cremação. Neste ambiente, o corpo é colocado numa câmara fria para cumprimento do tempo legal estabelecido por lei, podendo estender na câmara fria por até 72 horas dependendo da religião ou escolha da família.
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Da câmara fria o corpo passa por uma vistoria onde são retirados metais, plásticos e vidros e tirado todos objetos de metal, vidros e descartados de maneira correta em lixos próprios. Feito este procedimento a urna é inserida no forno que está aquecido de 800º a 1200º. A ação de cremação leva em torno de 1h30 e ninguém é permitido assistir ao processo.
Ainda de acordo com o diretor, as cinzas passam por uma peneira antes de serem colocadas na urna cinerária e entregues a família numa sala paralela.
Há diversos tipos de urnas disponíveis no crematório de Campo Grande. A urna convencional tem formato oval e cores metalizadas, e até uma urna biodegradável que permite o familiar enterrar em qualquer outro lugar inclusive com sementes para que simbolicamente o ente querido vire uma árvore.
Ainda segundo Carli, o diferencial do crematório está no columbário, que é nada mais que um “cemitério” de urnas.
”Muitas famílias ainda tem o costume da tradição de visitar cemitérios em dias de Finados e pensando nessa cultura, disponibilizamos o columbário caso os familiares optem por não levar a urna cinerária pra casa”, comenta.
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Ao todo são mais de 1000 gavetas que medem entre 40 e 45 centímetros e que cabem até 3 urnas cinerárias. O valor por gaveta sai em torno de R$ 250 ao ano.
O crematório funciona por 24 horas e fica na Avenida Tamandaré, nº 6.781, Vila Nasser. E mais informações podem ser consultadas no fone: 3361-2940.