Vencidos: Vistoria revela que Dourados perdeu quase meio milhão em insumos de saúde

Materiais odontológicos, de coleta de preventivo e sangue, seringas e agulhas estão entre os itens

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Insumos vencidos que poderiam ser utilizados para atendimentos serão descartados. (Foto: Divulgação/PMD)

O município de Dourados perdeu R$ 445.960,87 em insumos médicos que seriam destinados às unidades básicas de saúde, revelou uma vistoria realizada no almoxarifado da SEMS (Secretaria Municipal de Saúde). Na lista de materiais vencidos que serão descartados estão: materiais odontológicos, para coleta de preventivo e de sangue, seringas e agulhas.

Conforme anunciado pela Prefeitura, a maior parte dos materiais está encaixotada e nem foi aberta. Entre potes para coleta de urina e fezes, o descarte chega a 75 mil unidades, e outros 500 quilos de filme para a realização de raio-x também estão vencidos e serão descartados.

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Na visão do secretário Municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, todo o desperdício poderia ter sido evitado com planejamento, organização e controle da gestão anterior. “Para fazer qualquer tipo de compra de insumo, é preciso um planejamento adequado do que será consumido em determinado período. Isso é o mínimo a ser feito. Outra questão é que o almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde precisa trabalhar em parceria com o almoxarifado da Funsaud, que administra o Hospital da Vida e a UPA. Isso não acontecia, mas desde 1º de janeiro, isso mudou”, disse ele.

Na lista de dezenas de materiais que terão que ser descartados, estão ainda escovas cervicais para coleta de preventivo, scalps para coleta de sangue, materiais para tratamento de canal e restauração dentária, materiais para sutura em caso de cortes, cateter para sonda nasogástrica para alimentar pacientes acamados, conjuntos de nebulização (inalação), aventais e registros de gás.

Ainda segundo o secretário, alguns dos itens vencidos estão em falta nos postos de saúde, e parte deles já foi adquirida. Neste mês, conforme ele, ocorrerá um processo de licitação para aquisição de insumos, porém, devido a questões burocráticas, o processo todo levará até 100 dias. Somente após esse período, se não houver intercorrências, a lista de itens em falta estará regularizada.

Uma das formas que poderiam evitar o desperdício, ainda de acordo com o secretário, seria a troca ou doação dos insumos para a Funsaud, a fim de atender a UPA e o Hospital da Vida. Contudo, o atual almoxarifado da Fundação está com uma situação ainda mais crítica quanto à falta de materiais. “Lá, temos mais de 40 itens de medicamentos em falta e mais de 150 itens de insumos hospitalares indisponíveis”, alertou o secretário Márcio Figueiredo. A Secretaria de Saúde também está em processo de licitação para a compra de produtos em falta na Funsaud.

(Por Marcus Moura)

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