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Transparência

Um ano após escândalo, pivô de fraudes no Detran-MS é exonerada

Lotada na corregedoria, Yasmin recebia salário de R$ 5.069,51, mas fraudes podem tê-la feito lucrar R$ 290 mil
Renata Volpe -
detran-ms
Yasmin atuava na corregedoria do Detran-MS. (Arquivo, Jornal Midiamax e Detran-MS)

A servidora do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul) Yasmin Osório Cabral, apontada como pivô das fraudes envolvendo despachantes e o órgão de trânsito, foi exonerada do cargo nesta terça-feira (12), um ano depois de ser presa.

Conforme a publicação assinada Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez Ramos, Yasmin foi exonerada do cargo em comissão de Direção Executiva e Assessoramento, símbolo CCA-12, na função de Assistente I, no com efeito a partir de 12 de agosto de 2025.

Relembre

No dia 5 de agosto, Yasmin se livrou da tornozeleira eletrônica após fim da medida cautelar imposta pela Justiça para colocá-la em liberdade.

Yasmin saiu da prisão domiciliar em janeiro deste ano, após cerca de cinco meses de prisão domiciliar. O monitoramento eletrônico tinha prazo de 180 dias, ou seja, terminou no começo de julho.

A servidora, que chegou a se fantasiar de Supergirl em ação do Detran-MS, ficou dois meses detida no presídio ‘Irmã Irma Zorzi’, mas teve a prisão convertida em domiciliar após descobrir uma gravidez, em agosto do ano passado.

Para revogar a prisão preventiva, a Justiça considerou que não há mais requisitos para a medida cautelar. “O crime, em tese praticado, não é daquele cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. A segregação cautelar até o momento mostra-se suficiente a desestimular conduta semelhante, sobretudo ante a sua natureza”, diz trecho da decisão.

A Justiça também determinou que ela não acesse prédios do Detran-MS e não tenha contato com servidores do órgão ou com testemunhas do processo. Qualquer descumprimento desses itens pode acarretar nova prisão preventiva.

Lotada na corregedoria, Yasmin recebia salário de R$ 5.069,51 e estava em licença-maternidade. O benefício chegou a ser prorrogado em maio de 2025.

Fraude

De acordo com a polícia, a servidora obtinha clandestinamente senha de outros servidores, acessava o sistema e identificava caminhões com restrições. Então, passava informações para o despachante David Cloky Hoffmam Chita, que exigia o pagamento de R$ 10 mil dos proprietários para liberar os veículos.

Então, ao receber os valores, a servidora liberava as restrições no sistema e o despachante baixava a documentação. Ao menos 200 veículos liberados irregularmente pelo grupo estão identificados.

Ainda, ficou constatado nas investigações que Yasmin receberia presentes de David como um 15 Pro Max, joia e valores no Pix.

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