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Transparência

TCE-MS aponta irregularidades e suspende licitação da Agepen para compra de refeições

Pregão eletrônico avaliado em quase R$ 95 milhões estava previsto para esta sexta-feira (5)
Thalya Godoy -
MPMS agepen crédito
Licitação é voltada para fornecimento de refeições em presídios. (Divulgação/Agepen-MS)

O TCE-MS (Tribunal de Contas de ) determinou suspensão de licitação da (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) que trata sobre a compra de refeições, após divisão técnica da corte de contas apontar irregularidades. O pregão está avaliado em quase R$ 95 milhões (R$ 94.837.223,24) e seria realizado nesta sexta-feira (5).

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A concorrência eletrônica é para contratação de empresa que será responsável pelo preparo, fornecimento, transporte e distribuição de alimentação pronta. A decisão do conselheiro do TCE-MS, Iran Coelho das Neves, foi publicada em edição extra do Diário Oficial desta quinta-feira (4). 

A Divisão de Fiscalização de Licitações, Contratações e Parcerias do TCE listou uma série de itens que estariam em desacordo com a legislação e que poderiam comprometer a lisura do procedimento, acarretando prejuízos para o poder público. 

Edital

Foram apontados erros no ETP (Estudo Técnico Preliminar), como a ausência de análise comparativa aprofundada das soluções de mercado disponíveis e análise de riscos genérica. 

O documento também aponta exigência de habilitação técnica inadequada, como experiência em “coffee break”, enquanto o contrato é para fornecimento de refeições em grande escala para o

“Além disso, a exigência de alvará de licença sanitária para atividades não relacionadas ao preparo de alimentos impõe ônus indevido aos licitantes e restringe a competitividade”, afirma. 

Outro problema encontrado foi a falta de individualização de medidores de água e energia nas unidades prisionais em que funcionarão as cozinhas, o que poderia gerar despesas à Agepen, enquanto a responsabilidade desses custos seria da empresa contratada. Esse tema já foi alvo de TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) proposto pelo TCE-MS.

Além disso, o edital não prevê a obrigatoriedade de implantação de programa de integridade pela empresa contratada, em desacordo com o art. 25, § 4º da Lei n. 14.133/2021, e a Lei Estadual n. 6.134/2023.

Assim, o relatório da Divisão de Fiscalização de Licitações pede a suspensão da licitação, o que foi acolhido em decisão liminar pelo conselheiro Iran Coelho das Neves.

O conselheiro determinou que a Agepen adote providências imediatas para regularizar as falhas e fixou multa de 300 Uferms, em caso de descumprimento da decisão.

Foi dado um prazo de cinco dias úteis para que a Agepen informe sobre as medidas incorporadas para correções. O diretor-presidente da agência, Rodrigo Rossi Maiorchini, terá o mesmo prazo para se pronunciar sobre o que achar pertinente sobre a licitação. 

O que diz a Agepen?

O Midiamax entrou em contato com a Agepen e pediu uma nota sobre o assunto. Em resposta, a agência informou que a decisão trata de “ajustes documentais”.

“A Agepen informa que o Tribunal de Contas do Estado estabeleceu ajustes documentais no processo licitatório referente ao pregão eletrônico para aquisição de gêneros alimentícios. Todas as medidas para a correção dos pontos identificados já estão sendo tomadas para que o certame possa ser retomado com a maior brevidade possível e em total conformidade com a legislação vigente”, informa a nota.

*Matéria atualizada às 16h12 para acrescentar a nota da Agepen.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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