Servidora apontada pela Polícia Civil como responsável por alterações no sistema do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) em esquema de fraude que levantou cerca de R$ 2 milhões, Yasmin Osório Cabral, entrou de licença-maternidade no período entre 13 de fevereiro e 12 de junho.
Lotada na corregedoria e com salário de R$ 5.069,51, Yasmin está, atualmente, em prisão domiciliar após conseguir liberdade, justamente por estar grávida, em agosto do ano passado. Ela ficou presa por dois meses e meio.
A licença-maternidade foi publicada na edição de quinta-feira (20) do Diário Oficial do Estado.

A medida é datada de 10 de março e foi assinada pelo diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Espíndola Trindade Júnior.
Apesar de ser apadrinhada política, ela chegou a ficar seis meses suspensa da função após o início das investigações, mas retornou ao cargo em dezembro do ano passado.
Conforme a denúncia, Yasmin ajudava o despachante David Cloky Hoffaman Chita a repassar dados sigilosos do sistema do departamento em esquema que cobrava valores de até R$ 10 mil para proprietários de caminhões com restrições.
Assim, ela recebia parte do valor a título de propina para liberar as restrições no sistema. Ao receber os valores, a servidora liberava as restrições no sistema e o despachante baixava a documentação. Ao menos 200 veículos liberados irregularmente pelo grupo estão identificados.
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STJ negou revogar prisão de despachante, que está foragido

Foragido há nove meses, o despachante David Cloky Hoffaman Chita teve pedido de revogação de prisão preventiva negado pela 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele é réu em duas ações penais por fraudes ao Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de MS) e está foragido desde 12 de junho de 2024, quando a polícia não o encontrou para cumprir mandado de prisão.
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Conforme consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão, mantido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a ordem para prender David, expedida em 29 de maio de 2024 pela juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, continua em aberto. Ele é acusado pelos crimes de “receber vantagem indevida”, “apropriar-se de dinheiro recebido por outro em razão do cargo” e “organização criminosa”.
Agora, fica cada vez mais difícil Chita conseguir se livrar do mandado de prisão, já que o julgamento colegiado do Tribunal Superior é um dos últimos recursos do judiciário. A defesa do despachante já teve pedidos negados por juiz de 1º grau e do TJMS.
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