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Transparência

Servidora denunciada por cobrar propina no Detran-MS ganha licença-maternidade

Lotada na corregedoria do órgão, Yasmin Osório Cabral é apontada pela polícia como pivô de fraudes no órgão
Gabriel Maymone -
Yasmin Osório Cabral recebia propina para fraudar sistema do Detran-MS (Reprodução)

Servidora apontada pela Polícia Civil como responsável por alterações no sistema do (Departamento Estadual de Trânsito) em esquema de fraude que levantou cerca de R$ 2 milhões, Yasmin Osório Cabral, entrou de licença-maternidade no período entre 13 de fevereiro e 12 de junho.

Lotada na corregedoria e com salário de R$ 5.069,51, Yasmin está, atualmente, em prisão domiciliar após conseguir liberdade, justamente por estar grávida, em agosto do ano passado. Ela ficou presa por dois meses e meio.

A licença-maternidade foi publicada na edição de quinta-feira (20) do Diário Oficial do Estado.

A medida é datada de 10 de março e foi assinada pelo diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Espíndola Trindade Júnior.

Apesar de ser apadrinhada política, ela chegou a ficar seis meses suspensa da função após o início das investigações, mas retornou ao cargo em dezembro do ano passado.

Conforme a denúncia, Yasmin ajudava o despachante David Cloky Hoffaman Chita a repassar dados sigilosos do sistema do departamento em esquema que cobrava valores de até R$ 10 mil para proprietários de caminhões com restrições.

Assim, ela recebia parte do valor a título de propina para liberar as restrições no sistema. Ao receber os valores, a servidora liberava as restrições no sistema e o despachante baixava a documentação. Ao menos 200 veículos liberados irregularmente pelo grupo estão identificados.

Leia também – Supergirl do Detran-MS foi de heroína do trânsito a suspeita de cobrar propina por fraude

STJ negou revogar prisão de despachante, que está foragido

STJ negou pedido para revogar pedido de prisão ou substituir por medidas cautelares (Reprodução)

há nove meses, o despachante David Cloky Hoffaman Chita teve pedido de revogação de prisão preventiva negado pela 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele é réu em duas ações penais por fraudes ao Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de MS) e está foragido desde 12 de junho de 2024, quando a polícia não o encontrou para cumprir mandado de prisão.

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Conforme consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão, mantido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a ordem para prender David, expedida em 29 de maio de 2024 pela juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, continua em aberto. Ele é acusado pelos crimes de “receber vantagem indevida”, “apropriar-se de dinheiro recebido por outro em razão do cargo” e “organização criminosa”.

Agora, fica cada vez mais difícil Chita conseguir se livrar do mandado de prisão, já que o julgamento colegiado do Tribunal Superior é um dos últimos recursos do judiciário. A defesa do despachante já teve pedidos negados por juiz de 1º grau e do TJMS.

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