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Transparência

Quatro dias antes de ser preso por corrupção, prefeito de Terenos foi homenageado pela PM

Henrique Budke disse que recebeu homenagem com 'humildade' pelo trabalho desenvolvido na cidade
Gabriel Maymone -
Prefeito Henrique Budke recebeu medalha da PM dias antes de ser preso (Reprodução)

Preso na terça-feira (09), acusado de chefiar esquema de , o prefeito de , Henrique Budke (), havia recebido medalha de honra ao Mérito da Polícia Militar na sexta-feira passada, quatro dias antes da operação do Gaeco que o levou para trás das grades.

Tudo foi compartilhado por ele e a esposa nas redes sociais. “Orgulho de você e toda a sua trajetória meu amor!”, disse a mulher.

No entanto, a prisão rendeu comentário negativo também de eleitor: “Um dia sendo homenageado no outro sendo escoltado”.

Então, ao compartilhar a honraria, Budke declarou: “Recebo essas homenagens com humildade e como um reconhecimento ao trabalho que desenvolvemos em Terenos”.

Criadas em 1992, a PM afirma que as honrarias reconhecem contribuições relevantes para a corporação e para a segurança pública do Estado. No total, 227 personalidades civis e militares foram agraciadas com a medalha.

O prefeito foi preso durante a operação Spotless, junto com um policial militar do Choque, o terceiro-sargento Fábio André Hoffmeister Ramires. Além deles, outras 10 pessoas foram presas: Arnaldo Santiago, Sansão Inácio Rezende, Nadia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Genilton da Silva Moreira, Eduardo Schoier, Fernando Seiji Alves Kurose, Henrique Wancura Budke, Hander Luiz Corrêa Chaves, Fábio André Hoffmeister Ramires, Sandro José Bortoloto e Valdecir Batista Alves.

Seis dos doze presos faziam parte da mesma loja maçônica de Terenos: Genilton, Fábio André, Orlei , Henrique Budke e Hander (Reprodução)

Chefiava esquema de fraude em licitação

Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa que desviou mais de R$ 15 milhões dos cofres públicos, segundo a investigação.

A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.

Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.

O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.

A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.

Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPCHq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

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