Pular para o conteúdo
Transparência

Prefeito terá que explicar aluguel de imóvel para entidade que tem sede própria há 50 anos

Ação popular pede fim de contrato de locação e dinheiro de volta
Celso Bejarano -
Casa alugada (esquerda) ao lado da sede da entidade. (Reprodução)

O juiz Daniel Foletto Geller recebeu ação popular que questiona o motivo que levou a Prefeitura de a alugar um imóvel por R$ 6,6 mil mensais para abrigar o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). No entanto, o município já tinha, desde 1974, há meio século, sede própria para acomodar a entidade.

O magistrado deu prazo de 20 dias para o da cidade, Manoel Eugênio Nery, do PP, “informar se o contrato em questão ainda está em vigor, bem como apresentar, se houver, termos aditivos, termo de rescisão ou quaisquer outros documentos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos”.

O caso foi ajuizado pelo Orlando Fruguli Moreira, autor da ação popular com pedido liminar de “imediato cessamento do ato impugnado”. Ou seja, o denunciante pede o fim do contrato de locação do imóvel e, ainda, que a prefeitura devolva o dinheiro já pago pelas mensalidades passadas.

A ação popular implica, além do prefeito, reeleito em outubro passado, o secretário municipal de Assistência Social, Terislene Lopes Conegunde Nery, o secretário municipal de Administração, Finanças e Planejamento, Jean Carlos da Silva, o advogado e ocupante do cargo de secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Roberto Barreto Suassuna.

De acordo com a ação, o imóvel tem sido locado pela prefeitura desde fevereiro de 2021, quatro anos atrás. Inicialmente, o aluguel tinha preço de R$ 6,6 mil mensais, por seis meses. Depois disso, sustenta a denúncia, o contrato foi aditivado — prorrogado, no caso.

“Na sequência da pesquisa verificou-se que a locação acima foi prorrogada pelo 1º termo aditivo do contrato nº 047/2022/PMC, conforme verificação no diário oficial da assomasul nº 3167, de 31/08/2022, por mais 06 (seis) meses, iniciando em 10/08/2022 e findando em 10/02/2023, pelo valor de R$ 6.600,00 (seis mil e seiscentos reais)”, diz trecho da ação popular.

Na denúncia, o advogado pontua que a locação do imóvel para a sede do Creas seria desnecessária.

“E mais sabe-se por ser público e notório que o imóvel [sede própria] foi totalmente reformado em 2019, confirmando que não haviam motivos plausíveis para a Secretaria Municipal de Assistência Social ter locado um imóvel particular por 1 (um) ano e abandonado o imóvel público que estava sendo utilizado pelo Órgão Especializado CREAS”.

Clique aqui para seguir o canal do Jornal Midiamax no WhatsApp

Estrutura danificada

A assessoria jurídica da prefeitura de Camapuã tentou convencer a Justiça de que a locação foi necessária porque o teto do imóvel da sede própria estaria danificada. Inclusive, citou que parte do teto rompeu-se e feriu uma das servidoras que atuava no local.

Parecer do MPMS (Ministério Público de ), contudo, por meio do promotor de Justiça Gustavo Henrique Bertocco de Souza, opinou “pelo indeferimento tanto da prova testemunhal quanto da pericial, por entender que ela não guarda pertinência com o objeto da ação. Considera-se, inclusive, que os elementos já constantes nos autos são suficientes para o julgamento antecipado do mérito”.

Daí, o juiz Foletto Geller deferiu o pedido ministerial a fim de que o município de Camapuã seja intimado para, no prazo de 20 dias, “informar se o contrato em questão continua em vigor, bem como apresentar, se houver, termos aditivos, termo de rescisão ou quaisquer outros documentos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos”.

O prefeito Manoel Nery ainda não se manifestou acerca do prazo dado a ele. Se isso ocorrer, este material será atualizado.

Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!

Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!

E pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.

Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.

***

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Secretário da Receita: campanha de fake news sobre Pix favoreceu crime organizado

loteria

Ninguém acerta e Mega-Sena pode pagar R$ 8 milhões

BR-163 é liberada seis horas após acidente com quatro carretas e explosão

Fluminense tem gol e pênalti anulados e vê Bahia largar em vantagem na Copa do Brasil

Notícias mais lidas agora

Produtor campo-grandense que atuou com cantores famosos é investigado por ligação com o PCC

Família acredita que criminoso ofereceu doces para sequestrar e estuprar Emanuelly

Campo Grande receberá o Hectares Park & Resort, um dos condomínios mais prestigiados do Brasil

Carreta carregada com gado tomba em Campo Grande

Últimas Notícias

Polícia

Adolescente dá entra em UPA com corpo incendiado

O caso foi registrado durante a quarta-feira na Depac

Conteúdo de Marca

Transferências cripto rápidas e privadas

Pagamentos digitais atravessam uma mudança estrutural: redes públicas de blockchain funcionam 24/7, permitem liquidação direta entre pessoas e empresas e reduzem dependência de intermediários.

Brasil

Maioria do STF mantém prisão do ex-jogador Robinho

O STF julga um recurso da defesa contra decisão do Superior Tribunal de Justiça

Esportes

3ª edição da Corrida dos Poderes tem inscrições abertas nesta sexta

O lançamento aconteceu nesta quinta