Dois ex-diretores do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) foram condenados por improbidade administrativa por desvios de R$ 1.230.047,60 da instituição.
Conforme sentença do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, o ex-diretor financeiro Aldenir Barbosa do Nascimento, o Guga, (PSDB) — prefeito reeleito em Novo Horizonte do Sul —, foi condenado a multas que somam R$ 351.439,73, além da perda da função pública.
Para o ex-diretor de logística Rehder dos Santos Batista, que já está preso por outro processo, a condenação é a mesma. Além dos dois, empresários e empresas também foram condenadas.
O processo é movido pelo Ministério Público, que aponta articulação da dupla, que teria se aproveitado da influência dos cargos que ocupavam para simular compra de insumos que nunca chegaram ao hospital.
No processo, a empresa Novo Ciclo Produtos e Equipamentos para Saúde LTDA (antiga Neoline) e os empresários Michela Ximenes Catellon e Luiz Antônio Moreira de Souza foram condenados a pagar multa de R$ 69.888,88, além da proibição de contratar com o poder público por oito anos.
A decisão é de 1º grau e cabe recurso.
À reportagem, o prefeito de Novo Horizonte do Sul, Guga, disse que conversou pouco com os advogados sobre a decisão, mas que vai recorrer.
Já o advogado Juliano Umar, que representa Rehder, disse que o documento da sentença é ‘bem extenso’ e que irá se manifestar “após a apreciação da íntegra da decisão”.
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Grupo simulava compra de medicamentos

Conforme a denúncia do MPMS, Rehder, juntamente do ex-diretor administrativo e financeiro do hospital na época, Aldenir, praticaram os desvios com os empresários.
Ao menos quatro denúncias contra Rehder e Aldenir tramitam no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por suspeita de desvios do HRMS. Os valores ultrapassam os R$ 20 milhões desviados no período de 4 anos.
As ações do MPMS indicam que os dois, então servidores da Funsau (Fundação Serviços de Saúde), atuavam com mais servidores e também com empresários, donos de lojas de venda de medicamentos.
Desta forma, o grupo simulava a compra de vários tipos de medicamentos e também materiais hospitalares, mas esses produtos nunca chegavam. Mesmo assim, inseriam os dados falsos no sistema, como se os produtos dessem entrada e também saída.
Acontece que esses produtos nunca chegaram ao hospital, mas as empresas receberam. Essas, por sua vez, emitiam notas falsas e depois dividiam os valores com os servidores.
Em uma das ações apresentadas pelo MPMS, conversas entre Rehder e um empresário, que chegou a ser detido em flagrante na Operação Parasita, são expostas. Em trechos, é possível ver o empresário negociando a entrega de um Prisma para o servidor.
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