Pagamento de diárias à ex-prefeita vira alvo de inquérito civil em Sidrolândia

Gestão de Vanda Camilo foi marcada por escândalo de corrupção no município

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Vanda Camilo não foi reeeita. (Nathália Alcântara, Midiamax)

A ex-prefeita de Sidrolândia – cidade a 70 km de Campo Grande -, Vanda Camilo (PP), entrou na mira de investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Conforme publicado no diário do MP desta sexta-feira (10), Inquérito Civil fo instaurado para apurar denúncia de possíveis irregularidades em diárias.

Consta na publicação que “a 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia/MS torna pública a instauração de Inquérito Civil abaixo especificado”.

Então, a publicação assinada pela promotora de Justiça, Bianka M. A. Mendes, detalha: “Apurar possíveis irregularidades no pagamento de diárias da servidora Anielle de Souza Ferreira Santi e da ex-prefeita municipal Vanda Camilo”.

As informações são públicas e constam em diário oficial do MP. Mais detalhes não foram divulgados, já que o procedimento tramita com sigilo.

Conforme o Portal da Transparência do município de Sidrolândia, Anielle ocupava cargo político de confiança no gabinete de Vanda, com salário de R$ 4.250,00.

A ex-prefeita foi procurada pela reportagem para emitir posicionamento. No entanto, não obtivemos resposta até esta publicação. O espaço segue aberto para manifestação.

Vanda não se reelegeu

Com a imagem prejudicada após escândalo de corrupção chefiado pelo genro e então secretário de fazenda, Claudinho Serra (PSDB), segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Vanda não conseguiu a reeleição e perdeu a prefeitura para Rodrigo Basso (PL), matematicamente eleito com 61,27% dos votos.

Nas duas primeiras fases da Operação Tromper, os agentes investigaram corrupção na prefeitura de Sidrolândia, cidade distante 70 quilômetros de Campo Grande. Durante as investigações, foi descoberto, segundo o Gecoc, conspiração entre empresas que participaram de licitações.

Elas firmaram contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, que somados chegam a valores milionários. Ainda segundo as apurações, também foi investigada a existência de uma organização criminosa voltada as fraudes em licitações e desvio de dinheiro público.

Além disso, foi apurado o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.