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Transparência

Operação cumpre 11 mandados de prisão em MS por contratos fraudulentos em prefeituras do PSDB

Investigação apontou desvios de R$ 10 milhões na educação
Gabriel Maymone -
gaeco
Gaeco cumpriu mandados em prefeituras com apoio do Choque (Fala Povo, Jornal Midiamax)

Operação deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao ) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à ), na manhã desta terça-feira (18), teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão nas cidades de , , Rochedo e Terenos.

Conforme nota oficial, o Gaeco apontou que empresário comandava esquema que fraudou contratos que ultrapassam os R$ 10 milhões nos municípios de Água Clara, administrado por Gerolina () e Rochedo, cujo prefeito é Arino (PSDB).

Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da educação.

Uma empresa de confecção em Campo Grande foi alvo de buscas.

PM cerca empresa de confecção em Campo Grande até chegada do Gaeco (Carol Leite, Jornal Midiamax)

Mediante recebimento de propina, servidores atestavam ter recebido produtos e serviços que nunca foram realizados, além de acelerar trâmites para emissão de notas frias para acelerar pagamentos a empresários.

O esquema foi revelado a partir da apreensão de celulares apreendidos na Operação Turn Off, que revelou fraudes na saúde e educação, com fraudes no montante de R$ 68 milhões, que implicou empresários, secretário e servidores.

A operação chama-se “Malebolge”, termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o “Malebolge” é a região onde os fraudadores e corruptos são punidos de acordo com a gravidade de seus pecados. 

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Turn Off: Empresários, ex-secretário e servidores são denunciados

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia contra os irmãos – e empresários – Lucas Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho, o ex-secretário adjunto da educação de MS, Édio António Resende de Castro Broch, e a ex-servidora Simone de Oliveira Ramires Castro.

Na Operação Parasita, deflagrada em dezembro de 2022, os celulares de Lucas e Sérgio foram apreendidos. A partir dos dados extraídos, foi descoberta a rede de fraudes em licitações e corrupção, que chegou até os órgãos estaduais por participação de servidores.

Um dos contratos foi para fornecimento de ar-condicionado para a SED (Secretaria Estadual de Educação), no valor de R$ 13 milhões. A licitação teria sido direcionada e contado com participação da servidora da educação, Andréa Cristina Souza Lima.

Com isso, a empresa vencedora do certame foi a Comercial Isototal Eireli (CNPJ 06.305.092/0001-02). Tudo foi feito mediante pagamento de propina, aponta o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), com parte do dinheiro passado para Andréa e parte para a empresa do então secretário-adjunto da pasta, Edio Antônio Resende de Castro.

Leia também – Ex-secretários tiveram pedido de prisão após ‘limpa’ em celular durante Operação Turn Off

Esquema em família

Ainda conforme as investigações, o esquema comandado pelos irmãos envolvia outros membros da família. Por exemplo, pagamentos ao então secretário-adjunto eram feitos por meio de Victor Leite de Andrade – implicado na 1ª fase da operação –, que é primo de Lucas e Sérgio. Victor é gerente de um posto de combustíveis que pertence aos primos.

Em outro pregão, o MPMS identificou que a empresa vencedora foi a Isomed Diagnósticos Eireli-ME (CNPJ 22.027.664/0001-87), que tem como proprietária a esposa de Sérgio, uma médica. Para vencer o contrato, ela também teria contado com ajuda dos servidores investigados, Simone e Thiago Haruo Mishima.

Em outro pregão, com quatro lotes, dois foram conquistados pela Comercial Isototal Eireli – de propriedade de Lucas –, enquanto outros dois lotes foram conquistados por uma empresa do tio de Lucas e Sérgio.

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