Manifestação do MP (Ministério Público) de Mato Grosso do Sul pede que a Justiça negue pedido de revogação de prisão feito pelo empresário Mauro Mayer da Silva.
Eles e outros dez investigados — entre empresários, secretária de Finanças, filho de prefeito e servidores — foram presos durante a Operação Malebolge, deflagrada em 18 de fevereiro pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), que apurou esquema de desvios de mais de R$ 10 milhões na Saúde e Educação nos municípios de Rochedo e Água Clara, ambos administrados pelo PSDB.
Todos os acusados foram presos em 18 de fevereiro, na deflagração da Operação Malebolge, do Gaeco. Chegaram a ser soltos no início de março, após conseguirem liminar no TJMS (Tribunal de Justiça de MS). Mas a decisão foi revogada depois pela 3ª Câmara Criminal. Agora, o caso segue no STJ, que negou todas as liminares para a liberdade dos envolvidos.
Conforme documento assinado pela promotora de Justiça Laura Assagra Rodrigues Barbosa Pimenta, o MP acusa a defesa do empresário de tentar tumultuar o processo. “Ao ensejo, cumpre registrar que o acusado MAURO MAYER DA SILVA ingressou com idêntico pedido de revogação de preventiva nos autos nº 0010464-36.2024.8.12.0001, no qual consta a manifestação ministerial“.
Ainda, a promotora é contra o desmembramento do processo, solicitado também pela defesa de Mauro. “Os fatos criminosos nela descritos estão intimamente entrelaçados entre si, de modo que eventual cisão do processo certamente comprometerá a demonstração da participação individualizada de todos os réus no seio da organização criminosa da qual são membros e nos demais fatos criminosos descritos na denúncia, e não somente naquele em que um deles atuou diretamente na execução“.
Agora, o processo segue para uma decisão do juiz Cesar David Maudonnet.
Investigados

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Entre os investigados estão o filho do prefeito de Rochedo, Fernando Passos Fernandes, que ocupava cargo na diretoria de licitações do município, além de Denise Rodrigues Medis, ex-secretária de Finanças de Água Clara.
Ademais, confira outros nomes apontados no esquema de corrupção:
- Douglas Geleilaite Breschigliari – empresário, dono da D&B Comércio Atacadista de Confecções;
- Mauro Mayer da Silva – empresário, dono da Zellitec Comércio e Serviços;
- Izolito Amador Campagna Júnior – empresário, dono da I.A. Campagna Junior & Cia LTDA;
- Luciana Mendes Carneiro – empresária;
- Fabrício da Silva – empresário, dono de um Cyber Café que prestaria serviços para a prefeitura de Rochedo;
- Renato Franco do Nascimento – servidor municipal, atua na Diretoria de Licitações;
- Celso Souza Marques – servidor de Rochedo; e
- outros dois servidores municipais de Água Clara.
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Operação Malebolge
Operação deflagrada pelo Gaeco e Gecoc teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão. Então, os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos.
Segundo nota oficial, o grupo especial do MPMS apontou que empresário comandava esquema de fraudes em contratos ultrapassando os R$ 10 milhões, nos municípios de Água Clara, administrado por Gerolina Alves (PSDB), e Rochedo, cujo prefeito é Arino Jorge (PSDB).
Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da educação.
Por fim, “Malebolge”, termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o “Malebolge” é a região onde punem os fraudadores e corruptos conforme a gravidade de seus pecados.
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