A Justiça determinou a substituição da prisão preventiva das duas servidoras da Secretaria de Educação de Água Clara e de servidor de Rochedo, presos na operação Malebolge, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na semana passada.
De Água Clara, Ana Carla Benette e Jânia Alfaro Socorro, foram beneficiadas com o HC (Habeas Corpus) da secretária de Finanças do município, Denise Rodrigues Medis – exonerada após a operação. Já Celso conseguiu a liberdade monitorada dentro do processo principal da operação, que converteu a prisão preventiva em monitoramento eletrônico – as servidoras de Água Clara também foram incluídas nesta conversão.
Com isso, todos os 11 presos pelo Gaeco já receberam a liberdade e serão monitorados por tornozeleira eletrônica. Para tal, os servidores tem que se afastar do cargo público; não ter contato com prédio onde funciona o setor ou órgão mencionados no caso investigado; e não ter contato com demais corréus ou testemunhas.
Leia mais – ‘Malebolge’: Empresários, secretária e filho de prefeito ganham liberdade e vão usar tornozeleira
Confira a lista de investigados:
- Douglas Geleilaite Breschigliari – empresário, dono da D&B Comércio Atacadista de Confecções
- Mauro Mayer da Silva – empresário, dono da Zellitec Comércio e Serviços
- Izolito Amador Campagna Júnior – empresário, dono da I.a. Campagna Junior & Cia LTDA
Rochedo
- Celso Souza Marques – servidor municipal da área de Licitações
- Luciana Mendes Carneiro – empresária, dona da Iris & Lo Inf Store
- Fabrício da Silva – empresário, dono de um Cyber Café que prestaria serviços para a prefeitura de Rochedo
- Renato Franco do Nascimento – servidor municipal, atua na Diretoria de Licitações
- Fernando Passos Fernandes – filho do prefeito Arino Jorge (PSDB) e servidor municipal da Diretoria de Licitações
Água Clara
- Denise Rodrigues Medis – secretária de Finanças de Água Clara (exonerada pós-operação)
- Ana Carla Benette – servidora da Secretaria de Educação
- Jânia Alfaro Socorro – servidora da Secretaria de Educação
Fraude em contratos de merenda
Mauro é um dos empresários implicados em operação do Gaeco contra a esquema que fraudava contratos que ultrapassam os R$ 10 milhões nos municípios de Água Clara, administrado por Gerolina, e Rochedo, administrada por Arino Jorge (PSDB).
Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da educação.
Mediante recebimento de propina, servidores atestavam ter recebido produtos e serviços que nunca foram realizados, além de acelerar trâmites para emissão de notas frias para acelerar pagamentos a empresários.
O esquema foi revelado a partir da apreensão de celulares na Operação Turn Off, que revelou fraudes na saúde e educação, no montante de R$ 68 milhões, que implicou empresários, secretário e servidores.
“Malebolge”, termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o “Malebolge” é a região onde os fraudadores e corruptos são punidos conforme a gravidade de seus pecados.
✅ Siga o @midiamax no Instagram
Fique por dentro de tudo que acontece em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no mundo! No perfil do @midiamax você encontra notícias quentinhas, vídeos informativos, coberturas em tempo real e muito mais! 📰
🎁 E não para por aí! Temos sorteios, promoções e até bastidores exclusivos para você!