A Justiça colocou em liberdade oito dos 11 presos na Operação Malebolge, que revelou esquema de corrupção que desviou R$ 10 milhões em contratos na educação nos municípios de Água Clara e Rochedo, ambos administrados pelo PSDB.
Conforme publicado no diário da Justiça desta segunda-feira (24), serão colocados em liberdade com medidas cautelares e uso de tornozeleira os seguintes acusados:
Fernando Passos Fernandes – filho do prefeito de Rochedo, Arino Jorge (PSDB), e servidor municipal da Diretoria de Licitações.
Denise Rodrigues Medis – secretária de finanças de Água Clara – exonerada do cargo no dia 19 de fevereiro.
Douglas Geleilaite Breschigliari – empresário, dono da D&B Comércio Atacadista de Confecções.
Mauro Mayer da Silva – empresário, dono da Zellitec Comércio e Serviços.
Izolito Amador Campagna Júnior – empresário, dono da I.a. Campagna Junior & Cia LTDA.
Luciana Mendes Carneiro – empresária.
Fabrício da Silva – empresário, dono de um Cyber Café que prestaria serviços para a prefeitura de Rochedo.
Renato Franco do Nascimento – servidor municipal, atua na Diretoria de Licitações.
Também foram presos – e ainda não há informações sobre liberdade – o servidor de Rochedo Celso Souza Marques e outros dois servidores do município de Água Clara.
Operação ‘Malebolge’
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Operação deflagrada pelo Gaeco e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos.
Segundo nota oficial, o grupo especial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) apontou que empresário comandava esquema que fraudou contratos que ultrapassam os R$ 10 milhões nos municípios de Água Clara, administrado por Gerolina Alves (PSDB) e Rochedo, cujo prefeito é Arino Jorge (PSDB).
Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da educação.
“Malebolge”, termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o “Malebolge” é a região onde os fraudadores e corruptos são punidos conforme a gravidade de seus pecados.
Como o esquema funcionava?
Mediante recebimento de propina, servidores atestavam ter recebido produtos e serviços que nunca foram realizados, além de acelerar trâmites para emissão de notas frias para acelerar pagamentos a empresários.
O esquema foi revelado a partir da apreensão de celulares na Operação Turn Off, que revelou fraudes na saúde e educação, no montante de R$ 68 milhões, que implicou empresários, secretário e servidores.
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