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Transparência

Justiça autoriza dona de construtora ‘figurante’ sair de casa em Terenos após escândalo

Nádia Mendonça Lopes poderá se ausentar da cidade para consulta médica
Gabriel Maymone -
Prefeitura de terenos
Prefeitura de Terenos (Foto: Thaís Cardoso, Jornal Midiamax)

Duas semanas após deixar a cadeia e ir para prisão domiciliar, a empresária Nádia Mendonça Lopes, dona da Lopes Construtora e Empreiteira Ltda, foi autorizada a deixar apenas para consulta médica em .

Conforme decisão do desembargador Jairo Roberto de Quadros, a empresária está autorizada a sair da residência dela, no interior, para ir a uma consulta médica. Isso porque ela está em prisão domiciliar para cuidar dos filhos pequenos. Logo, só pode deixar sua casa mediante autorização judicial.

Ela é a única dos 16 presos da Operação Spotless que deixou a prisão. O prefeito afastado Henrique Budke () e o próprio marido de Nádia, Genilton da Silva Moreira, continuam atrás das grades.

Recentemente, a Justiça negou diversos pedidos dos investigados para deixar a prisão. O prefeito, apontado como o chefe do esquema que desviou mais de R$ 15 milhões dos cofres municipais, apelou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Já para Nádia, a Justiça impôs uma série de regras que deverão ser cumpridas. Caso contrário, ela voltará para a cadeia por violação das medidas restritivas.

Conforme as investigações, Nádia participava de reuniões com outros empreiteiros para combinar propostas e definir quem seria vencedor de licitações em Terenos.

Inclusive, ela participava junto do marido. Uma das conversas interceptadas pelo Gaeco revelou, por exemplo, que ela apresentaria proposta 1,5% mais baixa que a de outra empresa em determinado certame.

Para os investigadores, ela teria participado de forma direta de várias reuniões e teria agido ativamente para fraudar as licitações.

No relatório de investigações, há registros dela tendo acesso a propostas de concorrentes antes do envio de valores, por exemplo.

O prefeito foi preso durante a Operação Spotless, junto de um policial militar do Choque, o terceiro-sargento Fábio André Hoffmeister Ramires. Além deles, outras 10 pessoas foram presas: Arnaldo Santiago, Sansão Inácio Rezende, Nadia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Genilton da Silva Moreira, Eduardo Schoier, Fernando Seiji Alves Kurose, Hander Luiz Corrêa Chaves, Sandro José Bortoloto e Valdecir Batista Alves.

Prefeito de Terenos chefiava esquema de fraude em licitação

Cinco dos quatorze presos faziam parte da mesma loja maçônica de Terenos: Genilton, Fábio André, Orlei, Henrique Budke e Hander. (Reprodução)

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Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa alvo da Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), nesta terça-feira, 9 de setembro.

A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.

Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.

O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.

A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.

Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPCHq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

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