Pular para o conteúdo
Transparência

Juiz dá ‘puxão de orelha’ e manda MPMS apresentar provas da corrupção em Água Clara em dez dias

Magistrado diz que conduta do MP pode tumultuar processo e cercear defesa
Gabriel Maymone -
malebolge prefeito operação
Operação Malebolge revelou fraudes em licitações e desvios de recursos na Educação em cidades de MS. (Reprodução)

O juiz Pedro Gonçalves Teixeira deu prazo de dez dias para o MPMS (Ministério Público de ) apresentar todas as provas referentes à Operação Malebolge, que apurou desvios em licitação de merendas escolares em , cidade a 192 km de .

Conforme despacho do magistrado, a promotoria apresentou novos documentos mesmo após oferecer a denúncia contra dez pessoas entre ex-secretários, servidores e empresários.

Assim, deu ‘puxão de orelha’ no MPMS: “Cumpre observar que a inclusão de documentos pela acusação, em especial diante da complexidade da causa e do número de réus existentes na presente lide, pode prejudicar o regular andamento da ação, causar tumulto processual, além de ensejar eventual cerceamento de defesa, uma vez que há acusados que foram regularmente citados e que possuem prazo de apresentação de Defesa em transcurso, além daqueles investigados que já responderam à acusação”.

E continuou: “Em tal perspectiva, é de se registrar que, embora o Código de Processo Penal, em seu art. 231, permita às partes apresentarem documentos em qualquer fase do processo, tal normativa deve ser interpretada em harmonia com os princípios da boa-fé e celeridade processuais e da lealdade, evitando a utilização tardia e sem justificativa razoável de documentos relevantes que deveriam acompanhar a peça inaugural acusatória”.

Depois, deu prazo para o MP juntar toda a documentação do caso e especificar se ainda há diligências da investigação em curso.

(Reprodução)

Investigados

Entre os investigados, estão o filho do prefeito de Rochedo, Fernando Passos Fernandes, que ocupava cargo na diretoria de licitações do município, além de Denise Rodrigues Medis, ex-secretária de Finanças de Água Clara.

Ademais, confira outros nomes apontados no esquema de corrupção:

  • Douglas Geleilaite Breschigliari – empresário, dono da D&B Comércio Atacadista de Confecções;
  • Mauro Mayer da Silva – empresário, dono da Zellitec Comércio e Serviços;
  • Izolito Amador Campagna Júnior – empresário, dono da I.A. Campagna Junior & Cia LTDA;
  • Luciana Mendes Carneiro – empresária;
  • Fabrício da Silva – empresário, dono de um Cyber Café que prestaria serviços para a prefeitura de Rochedo;
  • Renato Franco do Nascimento – servidor municipal, atua na Diretoria de Licitações;
  • Celso Souza Marques – servidor de Rochedo;
  • outros dois servidores municipais de Água Clara.
Empresa entregava alimentos estragados para merenda de crianças. (Reprodução)

✅ Clique aqui para seguir o canal do Jornal Midiamax no WhatsApp

Operação Malebolge

Operação deflagrada pelo Gaeco e Gecoc teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão. Então, os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos.

Segundo nota oficial, o grupo especial do MPMS apontou que empresário comandava esquema que fraudou contratos ultrapassando os R$ 10 milhões nos municípios de Água Clara, administrado por Gerolina Alves (), e Rochedo, cujo é Arino Jorge (PSDB).

Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da Educação.

Por fim, “Malebolge”, termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o Malebolge é a região onde punem os fraudadores e corruptos conforme a gravidade de seus pecados. 

Clique aqui e receba notícias de Água Clara pelo WhatsApp

Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!

Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!

E pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.

Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.

***

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

PT espera entregar cargos e garantir filiação de Trad até a próxima semana, diz Vander

Carro cai de ponte em córrego na MS-465 e bombeiros procuram por ocupantes em Rio Brilhante

VÍDEO: Carro desgovernado assusta moradores do Jardim Carioca em Campo Grande

bebe reborn em campo grande

Sem conseguir dar atenção, casal tenta se desfazer da filha bebê reborn em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Mansão de luxo, carros importados, armas e cavalos: o que se sabe do empresário alvo da PF

Preso com Claudinho Serra, empreiteiro ganha contrato de R$ 15 milhões na Agesul

Show de Vanessa da Mata, Noite da Seresta e Bon Odori marcam fim de semana em Campo Grande

GO: Mãe interna filha em clínica clandestina para impedir ida a audiência judicial

Últimas Notícias

Brasil

Anvisa determina apreensão de lote de lubrificante falsificado

Lote suspenso tem datas de fabricação e validade irregular

Trânsito

Moradora reclama de desatenção e falta de sinalização em cruzamento no Centro

Cruzamento registra diversos acidentes nos últimos meses

Famosos

MC Gui admite ter recebido informações externas em A Fazenda 13: ‘Escreveu um texto’

MC Gui botou a boca no trombone e admitiu que recebeu informações externas durante o confinamento em A Fazenda 13; entenda o que rolou

Cotidiano

Professor condenado por estupro é promovido pela UFMS com aumento de salário

O docente está afastado desde março deste ano, enquanto responde a processo interno da universidade, mas segue recebendo salário