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Transparência

Gestão do hospital de Rio Negro é investigada após conta de água atrasar 10 anos

Entidade, que recebe recursos públicos, tem R$ 392 mil em dívidas
Vinicios Araujo -
Hospital corre risco de ter atendimento comprometido. Foto: Reprodução/Google

O MPMS (Ministério Público de ) instaurou um procedimento administrativo para investigar a gestão financeira e operacional da Associação Beneficente de , responsável pelo único do município, o Hospital e Maternidade Idimaque Paes Ferreira.

A medida foi tomada após decisão da Justiça que, em sentença enviada ao MP, apontou que a associação acumula uma dívida de mais de dez anos com a , responsável pelo fornecimento de água à unidade hospitalar. 

Segundo os autos, as faturas não foram pagas desde dezembro de 2012, somando, até agosto de 2022, mais de R$ 392 mil. Além disso, o documento revela que as contas de janeiro de 2023 a outubro de 2024 também seguiram inadimplentes.

O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva classificou a situação como urgente, destacando que o hospital corre risco real de ficar sem fornecimento de água, o que comprometeria diretamente o funcionamento da unidade, afetando pacientes e profissionais de saúde.

A gravidade do cenário levou o promotor Jean Carlos Piloneto a abrir o Procedimento Administrativo nº 09.2025.00004760-2, cujo objetivo é acompanhar as condições de gestão e sustentabilidade da associação, que recebe recursos públicos para administrar o hospital.

Além de tornar pública a instauração do procedimento, o MP determinou a realização de uma reunião urgente com a diretoria da associação, nas dependências do hospital, para buscar esclarecimentos e cobrar medidas imediatas.

O que diz a associação?

O presidente da Associação Beneficente de Rio Negro, Edson Moreno Reduk, afirmou ao Midiamax que as contas de água seguem atrasadas, mas estão em processo de acordo junto à Sanesul.

Ele conta que situação semelhante existia com a concessionária fornecedora de energia até o final do ano passado, quando foi feita negociação dos débitos.

“Estamos fazendo de tudo pra resolver a situação”, afirmou, sem reconhecer se as condições financeiras da entidade asseguram o funcionamento adequado da unidade hospitalar.

De acordo com Edson, balancetes financeiros da associação já foram encaminhados para análise da promotoria.

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