Dos 16 mandados de prisão expedidos pela Justiça, apenas 14 foram cumpridos nesta terça-feira (9) pelo Gaeco. Dessa forma, dois investigados por esquema de corrupção em Terenos estão foragidos.
Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, nove presos já estão no presídio, inclusive o prefeito Henrique Budke (PSDB). O restante ainda passará por audiência de custódia na quarta-feira e permanece na Cepol de Campo Grande.
Equipes do Gaeco deflagraram a Operação Spotless, nesta terça-feira, onde cumpriram ainda 59 mandados de busca e apreensão, no contexto das investigações que apuram desvios de R$ 15 milhões por meio de fraudes em contratos durante a gestão do tucano no município.
Conforme o Gaeco, trata-se da ‘farra das empresas convidadas’, em que os empreiteiros e agentes públicos fraudavam licitações e pagamentos, mediante propina.
A ação é desdobramento da Operação Velatus, que já havia identificado o esquema em agosto do ano passado.
Entre os presos, estão: Arnaldo Santiago, Sansão Inácio Rezende, Nadia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Genilton da Silva Moreira, Eduardo Schoier, Fernando Seiji Alves Kurose, Henrique Wancura Budke, Hander Luiz Corrêa Chaves, Fábio André Hoffmeister Ramires, Sandro José Bortoloto e Valdecir Batista Alves.
Prefeito de Terenos chefiava esquema de fraude em licitação
Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa alvo da Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), nesta terça-feira, 9 de setembro.
A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.
Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.
O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.
A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.
Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPCHq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
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Operação do Gaeco em Terenos prende prefeito
A Prefeitura de Terenos é alvo de devassa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), nesta terça-feira, 9 de setembro.
Em nota, a assessoria de comunicação da prefeitura confirmou a ação.
“Até o momento, o Poder Executivo Municipal não foi oficialmente comunicado sobre o real motivo da ação. Ressaltamos, porém, que a Prefeitura está colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo todas as informações e documentos que se fizerem necessários para o esclarecimento dos fatos”, diz o comunicado.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)