Em Mato Grosso do Sul, as estradas vicinais recebem apenas 21,3% do valor necessário para investimento em manutenção. Ou seja, a cada R$ 10 necessários para manter as vias em bom estado, apenas dois reais aparecem em aplicações.
Os dados são do estudo técnico da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), produzido em maio e disponibilizado em agosto deste ano. A Confederação considera apenas os municípios que responderam ao questionário aplicado.
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São mais de 60 mil quilômetros de estradas vicinais pelo Estado. Assim, a estimativa de gastos é de R$ 637.041.282,00 para manutenção das vias.
Ou seja, cerca de R$ 10.602,00 são necessários para manutenção por quilômetro das estradas. Contudo, apenas R$ 135.667.519,00 aparecem como gastos anuais com as estradas vicinais sul-mato-grossenses.
Isso representa pouco mais de R$ 2,2 mil de investimento por quilômetro das estradas. Apesar de ainda faltar quase R$ 8 mil por quilômetro para manutenção ideal, MS é o Estado com maior investimento do Centro-Oeste. Isso porque, em Mato Grosso, são 10,4% de investimentos aplicados e, em Goiás, são 9,8%.
Investimentos federais
Ademais, Mato Grosso do Sul é o sexto estado com menor valor de repasses federais liberados para manutenção de estradas vicinais. Houve liberação de R$ 62.372.637,00 dos R$ 142.934.203,00 em convênios firmados.
Então, houve liberação de 44% do valor aos municípios de MS. Além disso, são R$ 8.238.721,00 em contrapartida.
Destrinchando o estudo, 46 municípios responderam sobre convênios e recursos recebidos em MS. Destes, 31 informaram que possuem convênio com o Governo Federal para manutenção das estradas.
São R$ 47.435.987,00 em convênios firmados pelos 31 municípios, e o valor liberado aos Executivos é de R$ 16.599.525,00. Logo, as cidades recebem apenas 35% do valor conveniado. Por fim, outros R$ 2.452.674,00 se davam por contrapartida.
O Jornal Midiamax questionou a CNM sobre os municípios que responderam às questões, para mais detalhes dos dados. Contudo, não houve retorno da Confederação sobre o assunto. O espaço segue aberto para envio de posicionamento ou dados adicionais.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)