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Transparência

Empresário condenado por corrupção que alegou ‘sobrevivência’ apela ao TJMS

Roberto da Conceição Valençuela chegou a dizer que participava de forma forçada de reuniões para fraudar licitações
Gabriel Maymone -
Prefeitura de Sidrolândia. (Foto: Arquivo/Midiamax)

O empresário Roberto da Conceição Valençuela, da R&C Comércio, apresentou recurso ao (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra condenação por de 11 anos e 6 meses de prisão.

Ele é réu na Operação Tromper, apontado pelo Gaeco como um dos empresários que fraudavam licitações em , em esquema comandado pelo então secretário municipal de Finanças, Claudinho Serra (PSDB).

No curso do processo, por meio de seus advogados, o empresário chegou a alegar que “a participação forçada nessas reuniões [para fraudar licitações] era a única forma e esperança da empresa do réu sobreviver”.

Apesar disso, reafirma que não foi chamado para fraudar nenhuma licitação e que participou apenas das quais a empresa dele tinha como cumprir. Ainda, Roberto diz que prestou todos os serviços pelos quais ganhou licitações no município.

Roberto é acusado pelos crimes de organização criminosa, fraude a licitação e concurso material de crimes.

Assim, o de Valençuela apresentou ao juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva pedido para exercer o direito de apresentar os argumentos do recurso diretamente na instância superior.

Isso significa que a defesa do empresário ainda não apresentou os argumentos pelos quais vai tentar absolver ou diminuir a pena do acusado.

Isso porque o artigo invocado do Código Penal permite que o réu apresente sua defesa somente na instância superior.

Penas somam 111 anos de prisão

No total, sete réus foram condenados neste processo referente à primeira fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gaeco em 2023.

tromper rocamora empresário
Policiais em frente à sede da empresa durante Operação Tromper. (Fala Povo; Midiamax)

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As penas aplicadas a cinco empresários e dois servidores municipais somam 111 anos e 11 meses de prisão, por crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e também fraude em licitações.

Investigadores que conduziram a investida policial, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), do MPMS, disseram que o grupo criminoso agia desde 2017, com aberturas de empresas de fachada.

Na trama, o bando manipulava licitações, criava empresas sem estrutura ou capacidade técnica para executar os contratos, com objetivos definidos: sumir com recursos públicos. O alvo dos criminosos era a Prefeitura de Sidrolândia, cidade de 60 mil habitantes, a 70 km de .

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Pelo esquema estruturado, em torno de 30 pessoas, entre as quais empresários, servidores e político, viraram réus. Três estão encarcerados, sendo um deles, que seria o chefe da quadrilha, Claudio Jordão de Almeida Serra Filho, o Claudinho Serra, ex-vereador em Campo Grande, pelo PSDB. Antes de conquistar o mandato no Legislativo campo-grandense, Claudinho era secretário municipal da Fazenda, em Sidrolândia, e envolveu a família toda no esquema de corrupção.

De acordo com as sentenças aplicadas pelo juiz Bruce Henrique, o empresário Ueverton da Silva Macedo, o Frescura, foi o réu punido com maior condenação. Ele terá de cumprir 37 anos, 10 meses e 8 dias de prisão.
Na sequência, o também empresário Ricardo José Rocamora Alves, sentenciado a 28 anos, três meses e 20 dias de prisão.

  • Roberto da Conceição Valençuela, outro empresário, foi condenado a 11 anos e 6 meses de prisão;
  • O empresário Odinei Romero de Oliveira foi sentenciado a 4 anos, 9 meses e 18 dias de prisão;
  • Everton Luiz de Souza Luscero, também empresário, a 15 anos e 9 meses de prisão;
  • O servidor público Flávio Trajano Aquino dos Santos, a 8 anos e 4 meses de prisão;
  • César Augusto dos Santos Bertoldo, servidor público, a 5 anos, 6 meses e 20 dias de prisão.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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