A 1ª Promotoria de Justiça do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), em Ribas do Rio Pardo, abriu investigação de um suposto calote acerca da construção de casas num condomínio para abrigar agentes da Polícia Militar, Bombeiros e policiais civis. Na denúncia, é dito que o projeto, que já teria consumido R$ 1,9 milhão, foi abandonado pela empreiteira contratada, que já recebera para a conclusão da obra.
Ribas, destaque no agronegócio, vive uma expansão impulsionada pela maior fábrica de celulose em linha única do mundo da empresa global Suzano, com negócios em 70 países, atraindo investimentos, gerando empregos e provocando o crescimento da infraestrutura urbana e habitacional da cidade.
Os quase R$ 2 milhões já investidos no condomínio, surgiram por meio de uma cooperação envolvendo o município, a Câmara Municipal e o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg). A obra, segundo os planos iniciais, já deveria ficar pronto ano passado, em 2024.
Conforme notícia divulgada pela assessoria de imprensa do MPMS, no entanto, apenas 20% da construção foram executados, embora 74% do valor total já tivessem sido pagos à empresa contratada.
A atuação do MPMS, conduzida pelo Promotor de Justiça George Zarour Cezar, sustenta a assessoria, tem se concentrado em identificar os responsáveis pelo aparente dano ao erário e garantir que os recursos públicos sejam devidamente utilizados.
A Promotoria de Justiça requisitou à Polícia Civil a instauração de inquérito para investigar possível estelionato, além de oficiar os entes envolvidos para apresentação de documentos, cronogramas e justificativas sobre o abandono do projeto.
Segundo relatórios anexados aos autos, o Conseg notificou extrajudicialmente a construtora em duas ocasiões — em setembro de 2024 e maio de 2025 — sem obter resposta efetiva.
A empresa, informalmente, cita a assessoria do MPMS, alegou que precisaria de novos aportes financeiros para retomar a obra, o que foi rechaçado pelas autoridades locais.
Imagens do canteiro de obras feitas durante diligência do MPMS comprovam o abandono da construção.
Além do procedimento preparatório, o promotor de Justiça determinou uma série de diligências, incluindo oitivas com representantes do Conseg e requisições à Junta Comercial e à prefeitura, buscando esclarecer a legalidade dos contratos, medições e repasses.
A promotoria, segue a assessoria, também prorrogou o prazo do procedimento por mais um ano, diante da complexidade do caso e da necessidade de novas medidas investigativas.
O Midiamax tentou contato com a empresa Partiu Obra Construções e Reformas Ltda, responsável pela construção do condomínio, mas não conseguiu. Se houver manifesto, este material será atualizado.
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