Demolição de imóveis históricos no centro de Campo Grande vira alvo de investigação

Efeito da modernização das construções entra na mira do Ministério Público

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Prédios considerados bens históricos estariam sendo substituídos por construções modernas sem autorização (Reprodução)

Campo Grande possui uma zona para proteger imóveis considerados essenciais para a história da cidade e a demolição de seis deles virou alvo de inquérito no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

As edificações fazem parte do projeto ‘Redescobrindo a Paisagem Cultural de Campo Grande’, que identificou seis imóveis que não existem mais ou foram substituídos por construções modernas.

Assim, o objetivo da apuração é identificar se as demolições obtiveram autorização para serem realizadas.

Dessa forma, determinados espaços de Campo Grande são preservados para evitar a perda ou desaparecimento das suas características.

Os imóveis listados pelo MP fazem parte do Zeic 2, ou seja, possuem valor histórico e ou arquitetônico relevante como estilos art déco, neocolonial e colonial. São considerados relevantes para a memória e identidade local. Um exemplo de imóvel nessa condição é o Hotel Gaspar, na esquina da avenida Mato Grosso com a Calógeras. Vale ressaltar que o hotel não está na lista de imóveis demolidos.

Conforme o inquérito, são alvos de investigação os seguintes imóveis demolidos:

Rua 14 de Julho, 3820 – Imóvel no estilo neocolonial foi demolido e deu lugar a um estacionamento

Rua da Imprensa, 191 – Imóvel no estilo art déco demolido e virou construção moderna

Rua 13 de Junho, 1508 – Edifício no estilo eclético foi substituído por construção moderna

Rua Maracaju, 683 e 693 – Edifício no estilo colonial foi substituído por construção moderna

Rua Vasconcelos Fernandes, 683 – Construção no estilo colonial foi demolida e o terreno está vazio

Rua Padre João Crippa, 1739 – Imóvel com sinais de deterioração e tapumes indicam obras

A reportagem acionou a prefeitura de Campo Grande para prestar esclarecimento sobre autorizações para as demolições ou providências administrativas adotadas nos casos citados. Porém, não houve retorno até esta publicação. O espaço segue aberto para posicionamento.

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