Com déficit de professores no curso de Medicina em Três Lagoas, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) é alvo de recomendação do Ministério Público Federal para que seja aberto novo concurso de docência, a fim de suprir as demandas do campus.
A procuradoria deu um prazo de 30 dias para que a universidade se manifeste sobre o acatamento das sugestões.
A recomendação é o resultado de um procedimento administrativo que apurou “possíveis irregularidades na disponibilização de professores médicos e de salas de aula”.
Durante a apuração, a própria UFMS reconheceu que o principal desafio não é a falta de concursos, mas as “desistências e alta rotatividade” dos profissionais contratados.
O documento, assinado pelo procurador da República Marcelo Jose da Silva, reconhece o “patente empenho” da universidade em buscar soluções, como a criação de Comissões de Acompanhamento Contínuo do curso, que contam com a participação de servidores e estudantes.
O MPF destacou que, em uma das reuniões, os próprios alunos “reconheceram os esforços realizados pela administração da UFMS”.
Entretanto, o órgão emitiu algumas recomendações para que a universidade consiga deliberar a solução para o problema no curso. As sugestões incluem:
- Manutenção dos trabalhos das comissões para sanar as pendências de forma plena e efetiva;
- Criação de canais de comunicação que permitam o “enfrentamento conjunto” dos problemas com os alunos;
- Promoção de novo concurso público para os cargos de docência que não estão ocupados, respeitando sua autonomia e orçamento.
A UFMS tem 30 dias para informar se acatará a recomendação. Após esse prazo, o MPF considera a instituição formalmente ciente e responsável pela resolução da problemática.
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