Nove empreiteiras alvos de busca e apreensão do Gaeco embolsaram pouco mais de R$ 19 milhões em contratos durante gestão do prefeito de Terenos, Henrique Budke (PSDB), preso nesta terça-feira (09), durante a Operação Spotless.
Pouco mais de um ano depois da Operação Velatus, equipes do Gaeco voltaram às ruas de Terenos, em desdobramento de investigações que revelaram o esquema da ‘farra das empresas convidadas’ na cidade de Terenos, a 30 km de Campo Grande.
Na ação, o prefeito Henrique Budke (PSDB) foi preso, apontado como o chefe da organização criminosa. No total, foram cumpridos 16 mandados de prisão. Segundo as investigações, o esquema envolveu fraudes que superam os R$ 15 milhões.
Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o Gaeco cumpriu mandados de busca e apreensão em 59 endereços, inclusive na casa do prefeito Henrique, na prefeitura e secretaria de administração municipal.
Desse total, nove são empreiteiras que possuem ou já executaram contratos de obras com a prefeitura durante a gestão do prefeito Henrique Budke.
O valor somado dos contratos é de R$ 19.007.904,59.
Veja abaixo quais são as empresas e valores que cada uma recebeu:
- Bonanza (Cleberson José Chavoni Silva) → R$ 402.395,92
- Construtora Kurose (Fernando Seiji Alves Kurose) → R$ 2.024.297,35
- Genilton (Genilton da Silva Moreira) → R$ 2.224.365,08
- HG Empreiteira (Hander Luiz Correa Grote Chaves)→ R$ 6.139.428,54
- Angico (Sandro José Bortolotto)→ R$ 4.244.008,22
- Agpower Engenharia (Arnaldo Godoy Cardoso Glagau)→ R$ 338.313,89
- Construtora Queiroz (Daniel Matias Queiroz)→ R$ 832.252,17
- B2 Empreendimentos (Felipe Braga Martins) → R$ 320.215,10
- Técnika (Rinaldo Córdoba de Oliveira)→ R$ 1.506.026,54
Entre os presos, estão: Arnaldo Santiago, Sansão Inácio Rezende, Nadia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Genilton da Silva Moreira, Eduardo Schoier, Fernando Seiji Alves Kurose, Henrique Wancura Budke, Hander Luiz Corrêa Chaves, Fábio André Hoffmeister Ramires, Sandro José Bortoloto e Valdecir Batista Alves.
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Prefeito de Terenos chefiava esquema de fraude em licitação
Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa alvo da Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), nesta terça-feira, 9 de setembro.
A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.
Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.
O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.
A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.
Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPCHq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
Operação do Gaeco em Terenos prende prefeito
A Prefeitura de Terenos é alvo de devassa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), nesta terça-feira, 9 de setembro.
Em nota, a assessoria de comunicação da prefeitura confirmou a ação.
“Até o momento, o Poder Executivo Municipal não foi oficialmente comunicado sobre o real motivo da ação. Ressaltamos, porém, que a Prefeitura está colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo todas as informações e documentos que se fizerem necessários para o esclarecimento dos fatos”, diz o comunicado.
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