Ao menos 562 alunos que moram na área rural de Anaurilândia, cidade sul-mato-grossense, distante 377 km de Campo Grande, situada na divisa com os estados de São Paulo e Paraná, seguem sem aula por falta de ônibus escolares.
O ano escolar já começou e o contrato com a empresa que transportava os estudantes do pré ao 3º ano do ensino médio expirou em dezembro.
Em contato com a redação do Midiamax, pais de alunos do ensino municipal e estadual que habitam a região rural de Anaurilândia, cuja população estimada é de 10,5 mil habitantes, disseram que “não têm” como levar os filhos às escolas e dependem exclusivamente do transporte escolar.
Há grupos de alunos da área rural que moram a cerca de 200 km de suas escolas, informou a prefeitura. O atual prefeito Rafael Humamoto, o professor Rafael, do PP, culpa a ex-gestão pela falta de ônibus escolar.
“… É importante esclarecer que a atual gestão, recebeu o orçamento do ano de 2024 finalizado pela gestão anterior na data de 20 de janeiro de 2025, onde somente a partir desta data foi aberto o orçamento de 2025, o que motivou o atraso nos processos licitatórios, e especificamente quanto a dispensa de licitação em caráter emergencial para o transporte escolar, enquanto não foi finalizado o procedimento em questão, não foi possível o início do fornecimento do transporte escolar”, informou professor Rafael por meio de comunicado enviado à redação do Midiamax.
O novo gestor queixou-se ainda que “além da deficiência da frota municipal, a situação foi causada, especialmente, por falta de planejamento da antiga gestão, que não se preocupou em implementar o Plano Anual de Contratações ou mesmo de garantir que os veículos utilizados no transporte escolar fossem entregues à atual gestão em plenas condições de uso, tanto que estes tiveram que passar por revisão e consertos para novamente poder ser empregados”.
Sem prejuízo
Pelo dito pelo prefeito, além do fim do contrato com a empresa que cuidava do transporte escolar até dezembro, os veículos que carregavam os alunos funcionam de modo irregular.
A prefeitura afirma, ainda, que, embora os alunos estejam fora das salas de aula, professores elaboraram um programa compartilhado para que os estudantes da área rural acompanhe o conteúdo debatido nas escolas.
“Embora o ano escolar de 2025 tenha se iniciado antes da conclusão da contratação pelo município, os alunos residentes em áreas rurais não sofreram qualquer prejuízo às suas atividades estudantis, haja vista que estão sendo aplicadas atividades pedagógicas complementares enquanto não normalizado o transporte, medida esta devidamente autorizada pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, através da Coordenadoria de Normatização Educacional e é capaz de garantir que o acesso à educação seja garantido de modo igualitário a todos”.
O prefeito garante que o transporte escolar retoma as atividades logo depois do feriado de Carnaval.
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