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Transparência

Candidatos a promotor substituto do MPMS passam por prova psicotécnica em agosto

Edital reforça que não haverá segunda chamada. Concurso foi marcado por reprovação de 100% dos candidatos antes de recursos
Vinicios Araujo -
MPMS: nota zero em transparência e dados ocultos sobre altos ganhos de membros
Fachada do MPMS. (Arquivo)

O MPMS (Ministério Público de ) publicou nesta quinta-feira (24) o edital que convoca os candidatos do XXX Concurso Público para o cargo de Promotor de Justiça Substituto para a etapa de Avaliação Psicotécnica.

A prova será realizada no dia 3 de agosto, em , na ( Federal de Mato Grosso do Sul), no Complexo Multiuso I, com fechamento dos portões às 8h.

Conforme o edital, a avaliação ocorrerá apenas no período matutino e será aplicada de forma coletiva por psicólogos habilitados, além de entrevista individual com psiquiatra, com emissão de laudo de rigidez psicológica.

O teste tem caráter eliminatório e pretende identificar características cognitivas, emocionais e de personalidade compatíveis com as exigências do cargo.

Entre os aspectos avaliados estão: controle emocional, resistência à frustração, potencial de liderança, atenção, memória, criatividade, relacionamento interpessoal e disposição para o trabalho.

Traços como impulsividade inadequada, agressividade descontrolada e inteligência abaixo da média poderão resultar na inaptidão do candidato.

O edital reforça que não haverá segunda chamada, nem aplicação de testes fora da data e horário estipulados. Os candidatos devem comparecer com 30 minutos de antecedência, portando documento de identidade original e caneta esferográfica transparente de tinta azul ou preta.

O resultado preliminar será divulgado por edital próprio, com os conceitos “apto”, “inapto” ou “ausente”. Candidatos considerados inaptos poderão acessar o laudo por meio de entrevista devolutiva, exclusivamente informativa, com possibilidade de interposição de recurso em até dois dias úteis após a realização do procedimento.

100% de reprovação

No dia 2 de junho, a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), banca responsável pela organização do certame, anunciou a reprovação de todos os candidatos avaliados na fase escrita.

O resultado gerou críticas e suspeições, provocando manifestações que questionavam a procedência da análise das provas.

O que estaria por trás da reprovação em massa seria, na visão dos concurseiros, uma maneira do órgão arrecadar dinheiro com o certame, além de beneficiarem os promotores com incremento no salário ao acumularem função para atuar onde o concurso não conseguiu preencher as vagas.

Em nota divulgada no site do órgão naquela data, o chefe do MPMS, Romão Avila Milhan Junior, enalteceu “o trabalho de correção” da banca examinadora e a comissão organizadora.

“Foram sete provas que exigiram uma análise minuciosa e criteriosa. Recebam, portanto, nossos cumprimentos e agradecimentos”, afirmou durante solenidade.

Sem licitação e utilizando-se da natureza jurídica da entidade, o contrato com a Fapec custou ao caixa do MPMS o valor de R$ 496.830,06.

Recursos

Semanas após a polêmica, o Ministério anunciou a convocação de 11 candidatos aprovados na etapa da prova escrita após êxito obtido com a apresentação de recursos ao 30° Concurso para Promotor Substituto.

A iniciativa integrou mais de 1.200 contestações registradas à prova.

A maioria dos recursos se concentrou nas áreas de Direito Processual Penal, Direito Penal e Tutela de Interesses Difusos, indicando pontos de maior insatisfação e possíveis falhas de formulação ou incertezas nas perguntas.

Os dados do edital revelaram que o grupo de Direito Processual Penal foi o mais questionado, com 285 recursos. Na sequência, apareceram Direito Penal, com 270 recursos, e Tutela de Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, com 244 recursos.

Conforme edital, o concurso prevê 7 vagas de ampla concorrência, 1 vaga para Pessoa com Deficiência e 2 vagas para cotistas negros. O salário para as vagas é de R$ 32.269,69.

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