A Prefeitura de Campo Grande aguarda o aval do Ministério da Saúde para criar frota reserva de ambulâncias do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Além disso, o município cadastrou proposta para ampliação dos veículos que atendem o serviço na Capital.
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) aceitou propostas dos municípios de Mato Grosso do Sul saúde com prazo estendido. Entre as propostas selecionadas estão oito ambulâncias para renovação da frota do SAMU de Campo Grande.
Os oito veículos custarão R$ 3,2 milhões para a pasta federal. No entanto, após cadastro do projeto, o processo de encaminhamento das ambulâncias depende apenas do Governo Federal.
Processo
Ao Midiamax, a coordenadora do SAMU, Isabella Bezerra, destacou que o prazo para entrega efetiva dos veículos varia e pode ser longo.
Logo, lembrou dos carros enviados pela pasta ainda neste ano. Em abril de 2025, Campo Grande recebeu seis novas ambulâncias do Ministério da Saúde. Contudo, o Ministério aprovou a renovação da frota em 2021, quando o município entrou em processo de desfazimento de oito veículos.
Então, apontou que os veículos deste processo vão à leilão. “Quando a gente conclui o processo de desfazimento e o Ministério aprova esse processo, essas ambulâncias que o Ministério doou pra gente, elas vão para leilão”, explica a responsável.
O processo anterior de desfazimento arrecadou R$ 142 mil para Campo Grande. Então, o dinheiro segue para o próprio município. “Ele veio pro Fundo Municipal de Saúde para ser gasto com o SAMU e foi gasto”, garantiu.

‘Pegos de surpresa’
Anos se passaram e as ambulâncias do processo anterior chegaram apenas em 2025. “Por mais que fosse aprovada a proposta, tudo isso, tudo certo”, lembrou. Além disso, afirmou que o Ministério adiantou as entregas, inicialmente previstas para o fim deste ano.
“Quando foi em abril deste ano, eles fizeram a entrega das seis. Ou seja, não teve um planejamento, não tinha como a gente planejar, porque a gente não sabia quando a gente receberia”, justificou.
A coordenadora do SAMU afirmou que a entrega esbarrou em decreto de contenção de gastos da Prefeitura de Campo Grande. Ou seja, os carros ficam parados até a regularização ordenada pelo Ministério: emplacar, documentar e assegurar.
“Então não foi feita a previsão orçamentária para essas seis, porque tem que estar tem que estar incluso dentro da lei orçamentária do ano de 2025”, detalhou a responsável.
Isabella comentou que outras cidades brasileiras estão na mesma situação: receberam os carros, mas fora do prazo para adicionar no planejamento financeiro. “Os municípios que receberam ambulâncias de ampliação, eles estão com essas dificuldades, porque não tinha como prever quando chegariam”, lamentou.
Frota reserva do SAMU
Então, o município de Campo Grande tenta alternativa para usar as ambulâncias como frota reserva do SAMU. A solicitação é embasada em termo de doação dos veículos, que prevê a criação deste ‘banco’ de veículos.
“Estamos aguardando a resposta do Ministério parecer do Ministério sobre a gente poder utilizar essas ambulâncias que vieram para ampliação até 2026 como manutenção em reserva de frota”, disse ao Midiamax.
Ademais, reforçou que “é previsto pelo Ministério que nós tenhamos pelo menos 30% de veículos de reserva e nós não temos hoje”.
Enquanto isso, o município já organiza o financeiro para 2026, quando as ambulâncias devem constar na lei orçamentária. “Já prevendo que a gente recebeu, a gente já fez o planejamento estratégico para 2026 da ampliação. Mas até a gente ampliar, nós conseguiríamos utilizar essas ambulâncias como manutenção de rota e reserva da nossa frota”, pontuou.
O Jornal Midiamax acionou o Ministério da Saúde para nota sobre a solicitação da Prefeitura de Campo Grande. Contudo, não houve manifestação até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamento da Pasta.
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