Banco do Brasil recorre para evitar indenizar Chadid por cair em golpe ao sair de shopping luxuoso

Com tornozeleira, conselheiro afastado por corrupção caiu em golpe durante passeio em SP

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Réu por lavagem de dinheiro e com tornozeleira, Ronaldo Chadid cai em golpe ao sair de shopping luxuoso em SP (Reprodução)

Condenado a indenizar o conselheiro afastado por corrupção do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Ronaldo Chadid, o Banco do Brasil recorreu alegando que não tem responsabilidade sobre golpes.

Vale ressaltar que Chadid está afastado das funções no TCE-MS desde dezembro de 2023, após deflagração da Operação Terceirização de Ouro, da PF (Polícia Federal). Desde então, é monitorado por tornozeleira eletrônica. Em agosto do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) aceitou denúncia e o tornou réu por lavagem de dinheiro.

Mesmo com tornozeleira e alegando ‘dificuldades’, Chadid afirma que perdeu R$ 9.499,99 ao cair em golpe após deixar o shopping mais luxuoso do Brasil, o JK Iguatemi, em São Paulo. Ele alegou que o taxista que o buscou no centro comercial trocou seu cartão de banco, clonou sua senha e, depois fez dois pagamentos volumosos.

Então, a Justiça condenou o banco a ressarcir o valor e também ao pagamento de R4 10 mil por indenização por danos morais.

No entanto, o Banco do Brasil pontuou que a responsabilidade de evitar cair nesse tipo de golpe é do cliente. Que Chadid não tomou as precauções como verificar se o cartão era seu mesmo ao passar na maquininha do taxista. “o sistema bancário está sujeitoa limites operacionais, devendo a parte autora também agir com cautela na utilização de seus cartões,principalmente em locais e condições onde a troca de cartões pode ser facilitada, como ocorreu nocaso em questão”.

Então, a instituição financeira aponta que não pode ser responsabilizada por golpes sofisticados aplicados por terceiros e que dispõe de vários recursos para evitar maiores perdas como o bloqueio do cartão pelo aplicativo, funcionalidade utilizada pelo próprio Chadid após perceber ter sido vítima de golpe.

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Enquanto alega ‘dificuldades’ financeiras, Chadid cai em golpe ao sair de shopping mais caro do Brasil

Conforme os autos, em 26 de outubro do ano passado, Chadid deixava o shopping reduto de grifes para voltar ao hotel o qual estava hospedado.

No táxi, afirmou que o motorista não tinha troco para nota de R$ 50 e exigiu que o pagamento fosse feito com cartão.

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Então, Chadid inseriu o cartão e digitou sua senha. Porém, o taxista informou que deu erro e, assim, o conselheiro afastado fez o procedimento novamente. Porém, o motorista disse que houve falha.

Por fim, Chadid deu os R$ 50 e entrou no hotel. Porém, recebeu notificação em seu celular de compra feita no valor de R$ 4.999,99. Depois, tentou reverter a situação com o banco, mas sem sucesso.

Nesse intervalo, houve nova compra em seu cartão, dessa vez no valor de R$ 4.500,00. Só então que decidiu bloquear o cartão através de seu aplicativo.

Conforme alegado à Justiça, ele percebeu, depois, que o motorista havia trocado seu cartão e clonado sua senha na maquininha.

Dessa forma, decidiu entrar com pedido de indenização contra o Banco do Brasil, que não bloqueou ou tomou medidas para impedir a compra num valor alto.

Assim, a Justiça deu ganho de causa a Chadid e determinou que o Banco do Brasil faça a restituição do valor com correção monetária e pague indenização de R$ 10 mil de danos morais. Cabe recurso da decisão.

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